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  1. Olá a todos. tenho o Windows original que uso normalmente. Meu PC ficou morto e pensei que fosse a placa-mãe, mas me lembrei que a 1 mês ativei o Windows com ativador permanente. Limpei a BIOS com reset e curto no soquete da bateria conforme o manual de instruções recomendava se caso o reset normal não resolvesse o problema. Minha placa voltou ao normal mas não me livrei do ativador permanente. Pergunto: tenho que atualizar a BIOS para me livrar desse ativador? Eu quero usar o PC mesmo sem ativação até poder comprar uma licença e agora estou com receio de estragar minha placa-mãe com isso que não consegui desinstalar. Obrigado. OBS: não adianta formatar.
  2. A Kaspersky tem uma promoção de Halloween aonde vc compra o KTS e ganha a VPN deles (KSC) de graça! Detalhe importante: você pode comprar agora e ativá-lo até 2023 - e mesmo que você esteja usando o KTS, os 365 dias de uso dele são adicionados aos dias atuais da sua licença. Eu mesmo faço isso: sempre compro KTS com desconto para usá-lo futuramente
  3. Muito obrigado Baboo. Esse desconto ajuda muito para quem renova a licença anual. Vale muito apena.
  4. Dúvidas relacionadas: Baboo, primeiramente quero dizer que vc é o cara! Obrigado por compartilhar esse conhecimento absurdo com a gente! Me tira uma duvida: por que alguns computadores em que eu instalo o Windows 10 já vem ativados? Exemplo: peguei um Sony Vaio VPCSB, um notebook de 2011-2012, e ao instalar o Windows 10 ali ele simplesmente já vem ativado! Eu fico pensando "WTF, o cara ganhou uma cópia do Windows 10 assim de graça" Será que essa chave é temporária? Srá que o Windows reconhece que o note tem uma chave original de windows 8 e meio que puxa essa chave? Observação: isso também já aconteceu em desktop também. Eu formatei meu PC que tinha Windows 8.1 e instalei o Windows 10 nele. Eu não baixei nenhum instalador e não usei nenhuma chave de ativação falsa e o meu Windows 10 está ativado permanentemente! O que houve? Meu Windows 10 foi automaticamente ativado por licença digital sem eu fazer nada. Devo me preocupar? Baboo, eu fui instalar o Windows 10 Home em um PC e ele ativou sozinho sem eu fazer nada. Como isso é possível? Isso tudo aconteceu pois o hardware já teve Windows 7, 8.1 ou Windows 10 ativado legalmente - e como a atualização gratuita do Windows 7 e 8.x para Windows 10 continua valendo (para o ambiente doméstico), o Windows 10 ativou-se automaticamente assim que o computador/note se conectou com os servidores de ativação da Microsoft..
  5. Baboo, comprei um notebook com Windows 10 e quero armazenar um arquivo ISO com essa versão pré-instalada (OEM) para garantir como backup. Como eu obtenho ela no site da Microsoft? A licença OEM é de responsabilidade do fabricante - e não da Microsoft. É ele quem deve fornecer essa opção de backup (em DVD, partição escondida, etc.) além de prestar suporte do próprio Windows. É por causa disso que os fabricantes pagam um valor muito baixo pela licença do Windows OEM
  6. Baboo, apesar de você usar algumas verdades na sua explicação, é evidente que você é totalmente influenciado $ pela Microsoft. 1) É mais do que óbvio que a Microsoft lançou o Windows 10 e distribuiu atualizações para todos "grátis" pois ela mudou sua estratégia, ao invés de ganhar dinheiro apenas ao vender a licença do produto, o usuário passou a ser também o produto. (algo já bastante conhecido em outros sistemas "grátis" no mercado). 2) É muito feio a Microsoft com o seu apoio ainda querer mascarar tudo isso usando de "termos técnicos" e até apelando para a "segurança do sistema". 3) Mais feio ainda é a Microsoft usar a base de clientes Windows 7 (pagantes) para alavancar esse "novo projeto" usando a bandeira da "atualização grátis". 4) Sim, a Microsoft coleta dados e não é pouca coisa, sobrecarrega as máquinas (principalmente as mais antigas) e não respeita a opção do usuário. 5) Cada update do Windows 10 tem uma "surpresa", mais parecido com um Cavalo de Troia. 6) Eu até entendo que você tem que vender o peixe, mas não força também né. A única coisa "evidente" é o seu total desconhecimento sobre o assunto. 1. Bobagem total: o Windows 10 é o último Windows (não haverá Windows 11, 12, 13..) e por isso a Microsoft incentiva usuários domésticos de Windows antigos a migrar gratuitamente para o Windows 10. Isso não é permitido no mercado corporativo (responsável pela quase totalidade do faturamento do Windows) 2. Bobagem total: o Windows 10 tem proteções avançadas de kernel e demais componentes do Windows inexistentes no Windows 7 e que são necessárias para os malwares ATUAIS. Windows 7 foi lançado há mais de UMA DÉCADA (não existia ransomware ou até mesmo USB 3 quando ele foi lançado) e a segurança dele é muito inferior ao do Windows 10. 3. Usuário de Windows é usuário de Windows - tanto faz a versão. A Microsoft está focada em incentivar aqueles que utilizam versões antigas, descontinuadas e inseguras a usarem o Windows 10. 4. Bobagem total. Assista o vídeo antes de postar: os arquivos de telemetria não têm nem 1 MB! 5. Bobagem total: a "surpresa" acontece principalmente em usuários de Windows pirata cujos arquivos do sistema operacional foram alterados por ativadores e causam sérios problemas. Assista meu vídeo Ativadores A FUNDO para vc compreender ao menos o BÁSICO disso. 6. Bobagem total: eu não vendo Windows - meu foco é ENSINAR CORRETAMENTE Windows e Segurança Digital através dos meus vídeos, cursos e palestras para internautas como vc que não entendem NADA sobre isso. Estude mais (MUITO MAIS) antes de postar..
  7. O artigo abaixo foi atualizado em 2019 com informações adicionais a atualizadas deste vídeo publicado em 2017:  Nesse artigo eu abordo em detalhes como funcionam os antivírus, mostrando as várias técnicas que eles utilizam para detectar malwares: assinatura, heurística, HIPS, proteção na nuvem e Inteligência Artificial. Assinatura A detecção através de assinatura é a técnica mais antiga e básica, aonde o antivírus procura por trechos de código ou combinação de caracteres que já foram utilizados em outros malwares, pois se eles também estiverem ali, certamente esse programa é um malware. A repetição de linhas de código nos vírus é relativamente comum, pois existem na internet várias ferramentas (gratuitas ou não) para criação de vírus. Na prática a imensa dos criadores de vírus não cria o seu próprio vírus: eles utilizam essas ferramentas que permitem que qualquer um possa criar um vírus novo sem ter conhecimento técnico para isso, ou então eles simplesmente baixam o código-fonte de vírus que estão disponíveis em vários sites, fazendo pequenas modificações neles. E quem utiliza qualquer uma dessas duas opções para criar um vírus é apelidado de script kiddie, um termo que define um jovem inexperiente que se considera um hacker porque criou um vírus novo (e normalmente ele adora anunciar isso para os amiguinhos dele), quando na realidade ele usou uma ferramenta para fazer isso ou adaptou algo já existente porque ele simplesmente não tem conhecimento técnico para criar o seu próprio vírus. Aliás, quando um novo vírus é criado e depois disso aparecem outros vírus que foram baseados nele (com algumas modificações em relação ao primeiro), todos esses vírus baseados no primeiro são considerados uma variante do vírus principal, aonde o nome principal do vírus é o mesmo, mas cada variante recebe uma identificação própria. Se os antivírus identificassem um malware somente pela análise do código-fonte dele, isso obviamente impediria a detecção de vírus que tenham um código-fonte único e desconhecido - e por isso há muitos anos os antivírus utilizam a heurística para isso. Heurística A heurística analisa as características do programa e procura por padrões internos que possam indicar que o programa é um malware. Cada vez que um padrão é encontrado, é atribuída uma pontuação para ele, e se na soma total essa pontuação for superior a um determinado valor, o antivírus considera esse programa sendo um malware desconhecido. Tanto o método de assinatura quanto de heurística permitem analisar o programa sem que esse programa seja executado pelo usuário. O melhor exemplo disso acontece quando você baixa um arquivo para o seu computador, e assim que ele é baixado o seu antivírus já te avisa que ele é um malware e apaga ele. Isso acontece pois o módulo de assinatura ou de heurística já detectaram pelo código do programa que ele é um malware, sem necessidade de executar o programa pra comprovar isso. Só que às vezes você baixa um programa e o antivírus não fala nada, e assim que esse programa é executado, daí sim o antivírus bloqueia ele falando que é um malware. Por que isso acontece? Isso acontece porque quando o programa é aprovado pela verificação da assinatura e da heurística, assim que esse programa for executado pelo usuário, entra em ação o módulo de comportamento do antivírus, que também é conhecido por HIPS (Host Intrusion Prevention System ou Sistema de Prevenção de Intrusão). Com esse módulo o antivírus monitora o que um programa está fazendo ou o que ele vai fazer em seguida, e se esse programa apresentar um comportamento suspeito, o antivírus bloqueia ele informando que ele é malicioso. Exemplo simples: se você executa um programa e o antivírus detecta que ele está começando a criptografar os arquivos da pasta Documentos e a próxima instrução do programa (instrução essa que já está carregada na memória RAM) é para ele apagar os arquivos originais, isso indica o comportamento de um ransomware, e nesse caso o antivírus bloqueia a execução desse programa. O mesmo acontece quando um programa é executado e o antivírus detecta que esse programa está injetando código adicional em outros programas, quando o programa altera o arquivo HOSTS, quando ele instala um driver que monitora o teclado (indicando ser um keylogger), etc. Além dessas três proteções, os antivírus também utilizam proteção na nuvem e mais recentemente inteligência artificial, que são abordados nas próximas páginas. Proteção na Nuvem Há algum tempo os antivírus utilizam proteção na nuvem, garantindo que isso aumenta a taxa de detecção de novos malwares, ao mesmo tempo que fornecem uma proteção mais rápida para seus usuários. Como isso funciona? Exemplo simples: imagine que um internauta acabou de encontrar em um site um novo ativador de Windows para ativar o Windows pirata dele, e aí ele baixa esse ativador e dá um duplo-clique nele para usá-lo. Quando o internauta executa esse arquivo, o antivírus que ele estiver utilizando vai fazer uma análise rápida desse programa para decidir se ele é um programa confiável ou não. Essa análise que o antivírus faz é multi-layer, ou seja, ele não faz uma ÚNICA análise: ele realiza simultaneamente diversas análises, verificações e comparações. Entre elas ele analisa se existe algum código suspeito, se o programa vai realizar alguma tarefa destrutiva (como apagar partição), se o programa tem certificado digital válido de uma empresa séria, se o código do programa está propositalmente embaralhado para tentar confundir o antivírus (técnica essa conhecida como obfuscar o código), etc. Se depois de todas essas verificações, que no total duram menos de um décimo de segundo, o antivírus detectar que esse ativador se comporta como um malware, então ele bloqueia a execução dele e informa ao usuário que esse ativador é suspeito, que é o que a gente viu até agora. Mas quando o antivírus tem proteção na nuvem, a próxima tarefa que ele faz é criptografar esse ativador e enviá-lo para servidores de quarentena que estão na nuvem, aonde eles fazem uma análise mais detalhada. E se for confirmado que esse ativador é realmente um malware, ele é identificado e catalogado, e em seguida as informações dele são adicionadas no arquivo de atualização de vírus que é baixado diversas vezes por dia pelos antivírus. A partir daí, assim que algum outro internauta em qualquer lugar do mundo baixar esse mesmo ativador, o antivírus avisará imediatamente que ele é um malware, desta vez sem a necessidade do ativador ser executado, porque o antivírus criou uma assinatura para ele, e com isso ele é considerado malware já na primeira análise. Então na prática os antivírus com proteção na nuvem realmente têm uma taxa de detecção mais alta e também permitem uma proteção mais ágil, pois a nuvem permite receber, analisar e catalogar novos malwares em pouco tempo, independentemente em qual país ele foi detectado, protegendo em pouco tempo internautas do mundo para que não sejam infectados por esse mesmo malware. E para você ter uma ideia disso funcionando no mundo real, durante o ano de 2018, somente a Kaspersky (que é UMA dentre mais de 70 empresas de antivírus do mercado) detectou mais de 350 MIL novos arquivos maliciosos POR DIA, que resultaram em 21 milhões de novos malwares criados somente no ano passado. Bem, isso é muito interessante, mas aborda apenas nuvem. E a Inteligência Artificial, aonde ela entra nisso tudo? Inteligência Artificial Como funciona a Inteligência Artificial (IA) em um antivírus? Para você compreender isso de maneira simples, eu vou usar como exemplo o Windows Defender, que desde a versão Fall Creators de outubro 2017 utiliza Inteligência Artificial para ajudar na detecção de novos malwares - e que por causa disso eu não tenho a menor dúvida que muito em breve o Windows Defender será um dos melhores antivírus gratuitos do mercado. O principal motivo do uso da Inteligência Artificial em um antivírus é vencer o desafio do antivírus não errar NUNCA, ou seja, ele precisa detectar 100% dos malwares e ter 0% de falso positivo (que é quando um programa comum é detectado como malware quando ele não é). E da mesma forma que nós só ficamos experientes em algo depois de muita prática, acertando e errando, a Inteligência Artificial também precisa de muito treino, com erros e acertos. E o treino da Inteligência Artificial para identificar malwares exige que ela tenha acesso ao maior número possível de arquivos (maliciosos ou não) para ela treinar a sua detecção - e como o Windows Defender vem pré-instalado no Windows e é utilizado por centenas de milhões de usuários, ele é perfeito para isso. Toda vez que o Windows Defender detecta um malware no computador de algum usuário, as informações desse malware (incluindo o próprio malware, os trechos suspeitos do seu código, o comportamento que ele teve, etc.) são imediatamente repassadas para servidores da Microsoft que estão na nuvem. Só que esses servidores não são servidores comuns: eles são servidores de Machine Learning, que fazem apenas uma tarefa: eles analisam continuamente um volume inacreditável de informações provindas das centenas de milhões de Windows Defender que estão em uso no mundo todo, procurando por padrões de comportamento e anomalias que ajudem a identificar se um programa desconhecido é um malware ou não. O resultado da análise dessas informações permite a criação de padrões que serão levados em consideração quando a Inteligência Artificial analisar se um arquivo é malicioso ou não: Exemplo real: no dia 3 de fevereiro de 2018 a Microsoft informou que o módulo de Inteligência Artificial do Windows Defender de um usuário na Carolina do Norte bloqueou um novo malware. Isso aconteceu pois em alguns milissegundos o módulo de Inteligência Artificial do Windows Defender analisou o código do malware, montou uma árvore de decisão baseada em padrões descobertos pelos servidores de Machine Learning, e concluiu que aquele programa desconhecido era um novo malware: E assim que isso aconteceu, esse malware foi imediatamente enviado para servidores de quarentena da Microsoft que “detonaram” ele, ou seja, eles recebem esse malware e executam ele como administrador em um ambiente virtual protegido, e analisaram tudo que acontece depois: Isso permitiu saber se esse malware estava criptografando arquivos, se ele alterou alguma linha do Registro, se ele substituiu algum arquivo importante do sistema operacional, etc. E como houveram alterações no sistema operacional depois dessa detonação, essas alterações foram analisadas e comparadas através de rede neural, que concluiu que o malware em questão é uma variante do trojan bancário Emotet. Isso tudo aconteceu porque conforme os servidores de Machine Learning descobrem novos modelos de comportamento dos malwares, eles agrupam essas informações em PADRÕES, sendo que cada padrão pode conter milhões de combinações possíveis que são levados em consideração pelo módulo de Inteligência Artificial na detecção de um novo malware. Esse exemplo do Emotet foi apenas UM padrão dentre mais de 30 que funcionam em paralelo no Serviço do Windows Defender, sendo que eles são constantemente atualizados de acordo com os resultados das análises dos servidores de Machine Learning. Esse segundo exemplo real é ainda mais interessante e detalhado: dia 24 de outubro de 2017 um internauta em São Petersburgo na Rússia baixou e executou um programa FlashUtil.exe achando que era uma atualização do Flash. O Windows Defender analisou o programa, considerou ele suspeito e enviou algumas informações desse programa para os servidores da Microsoft analisarem. O arquivo foi analisado por esses servidores, que consideraram ele suspeito, mas não o suficiente para ser considerado um malware. Por causa disso, esses servidores solicitaram ao Windows Defender daquele internauta que o arquivo FlashUtil.exe fosse enviado para eles analisarem detalhadamente. Isso foi feito, em alguns segundos a análise via Machine Learning e redes neurais concluiu que esse arquivo tinha 81,6% de chance de ser um malware - e como nesse cenário específico exigia que houvesse no mínimo 90% de chance para o arquivo ser considerado um malware, esse arquivo foi enviado para uma das câmara de detonação. Uma câmara de detonação é uma máquina virtual criada especialmente para execução de programas desconhecidos, aonde TUDO que acontece após a execução desses programas é analisado e monitorado. Nesse caso, ao ser executado, o programa FlashUtil.exe realizou diversas tarefas que foram consideradas suspeitas, incluindo a eliminação dos logs de Segurança do Visualizador de Eventos (assunto que eu abordei em detalhes em uma das minhas aulas), e também a reinicialização forçada do computador no final da execução das demais tarefas, fazendo com que a probabilidade dele ser um novo malware tenha superado 90%. E assim que isso aconteceu, ele foi imediatamente considerado como um novo malware. E a partir desse momento, quando o Windows Defender de outros internautas que baixaram esse mesmo programa também considerou esse programa suspeito, e enviou as informações desse programa para os servidores da Microsoft fazerem a análise inicial, dessa vez a resposta foi direta informando que aquele programa é um malware e que não deve ser executado. O resultado disso é que passaram apenas 14 minutos entre o momento que o Windows Defender suspeitou desse arquivo no computador do primeiro internauta (que foi o paciente zero), e o início do bloqueio desse malware pelo Windows Defender dos demais usuários de todo mundo. Nesses 14 minutos apenas 9 usuários de 4 países foram infectados, e esse malware depois ficou sendo conhecido como o ransomware Bad Rabbit. Eu tenho certeza absoluta que você jamais imaginou a existência desse nível de automação e complexidade no Windows Defender, mas isso tudo é fundamental para combater os malwares modernos. Há algum tempo apareceram no mercado empresas com produtos de segurança baseados em Machine Learning, big data (um termo que significa um volume absurdo de informações) e inteligência artificial. Esses produtos estão evoluindo bastante, permitindo não apenas monitorar os arquivos do computador, mas também todas as conexões e transferência de dados, conseguindo com isso bloquear acesso interno e externos de aplicações maliciosas desconhecidas. Se você tem interesse nesse assunto, eu sugiro ficar de olho na CarbonBlack, empresa americana, e na inglesa DarkTrace, duas empresas com produtos e tecnologias bem interessantes. Aliás, a DarkTrace citou um exemplo real de como esse tipo de proteção inteligente é cada dia mais necessária, principalmente com dispositivos da Internet das Coisas. Hacker acessa rede através de termômetro de um aquário Em 2017 eles implementaram o sistema de proteção deles em um casino nos Estados Unidos, e esse casino tinha um aquário no lobby principal com sensores conectados à internet que monitoravam a temperatura, salinidade e outras características desse aquário. Assim que o sistema de proteção deles entrou em funcionamento e começou a monitorar a rede e os dispositivos, ele detectou transferência de dados suspeita utilizando protocolos de áudio e vídeo entre o termômetro do aquário e um servidor na Finlândia. O que eles descobriram é que um hacker aproveitou uma vulnerabilidade que existia nesse termômetro - e como esse termômetro também estava conectado na rede do hotel, ele conseguiu se infiltrar na rede do hotel, roubando dali informações confidenciais. Entre elas estava a lista dos grandes jogadores do casino que estava em um computador que não tinha conexão com a internet justamente par garantir a proteção dos dados - e mesmo assim essa informação foi roubada via rede local por um dispositivo que nem era um computador e que não seria possível proteger com um antivírus comum. A seguir você tem quatro informações importantíssimas sobre antivírus. Programas que "provam" que antivírus não detecta malware Independentemente de como funcionam os antivírus, existem na internet vários programas que servem para "provar" que antivírus não detectam spyware, keylogger e outros malwares, embora esse tipo de programa só serve para enganar o internauta. Esse tipo programa é criado por alguma uma empresa que pretende convencer o internauta que o produto de segurança que ela vende é necessário - e para fazer isso, ela cria um programa de teste que simula uma "ação maliciosa" mostrando que o seu antivírus não detecta essa "ação maliciosa", enquanto o programa que ela vende detecta - e por isso ele deveria ser utilizado. Isso é pura enganação, pois para um programa ser considerado malware por um antivírus, ele precisa ter comportamento de malware. Criar um programa qualquer que realize tarefas que são comumente realizadas por programas maliciosos não significa que ele tem que ser detectado como malware. Se isso fosse remotamente válido, qualquer programa que criptografe arquivos de uma pasta deveria ser considerado ransomware, programas como TeamViewer seriam malware, e até um simples batch que apague arquivos poderia ser considerado malicioso. Antivírus evoluíram MUITO nos últimos anos e há muito tempo eles evitam falsos-positivos como esse tipo de programa. Antivírus falham na detecção de malware Independentemente do nível de eficiência de um antivírus, existem diversos artigos e vídeos mostrando malwares que não são detectados pelos principais antivírus, aonde esses antivírus varrem uma pasta com 1.000, 2.000 ou 5.000 malwares ali, deixando de detectar vários deles. A única utilidade REAL desses vídeos é comprovar o que todos já sabem: NENHUM antivírus é 100% infalível, sendo que esses vídeos JAMAIS devem ser utilizados para escolha ou não de um determinado antivírus. Isso acontece pois se esse teste for realizado todos os dias, cada dia ele terá um resultado diferente, uma vez que o antivírus que foi o melhor ontem pode ser o pior com os malwares de amanhã, voltando a ser o melhor no dia seguinte, e por aí vai. Inclusive se os testes forem realizados de manhã, à tarde e à noite em um mesmo dia, provavelmente cada período tará um melhor antivírus, pois a taxa de detecção deles varia continuamente, dependendo diretamente das atualizações que esses antivírus recebem durante todo o dia. Para piorar, estes testes não têm muita representatividade diante da quantidade real de malware: enquanto eles analisam centenas ou alguns milhares de malwares, a Kaspersky informou que em 2018 ela detectou 350 mil novos malwares por dia. Isso significa que se um teste desses analisou a eficiência de um antivírus ao varrer 5.000 malwares, essa quantidade de malwares representa apenas 0,05% dos malwares criados em apenas um mês, ignorando 99,95% deles. Antivírus: só se for criado por uma empresa focada em segurança digital Segurança Digital é coisa séria e por isso eu recomendo que você não utilize antivírus cuja empresa não seja focada APENAS em segurança digital. Isso obviamente exclui todos os antivírus chineses como Baidu, Qihoo, Tencent, Rising, etc, além de produtos de segurança da IOBIT, Glary, Wise e outras empresas chinesas. Além disso, escolha preferencialmente antivírus que tenha a sua própria engine, que é o mecanismo de proteção do antivírus. Muitos antivírus utilizam o mecanismo de proteção de antivírus concorrentes. Por exemplo: os antivírus Emsisoft, G-Data, HitmanPro, Seqrite/QuickHeal, a coreana Hauri, a inglesa BullGuard e a americana VIPRE utilizam o mesmo mecanismo de proteção da Bitdefender, enquanto a F-Secure utiliza o mecanismo de proteção da Avira. O que acontece é que essas empresas "alugam" o mecanismo de proteção da Bitdefender para adicioná-lo nos seus produtos, pagando à Bitdefender um valor anual pelo seu uso e atualizações constantes do banco de dados de novos malwares, sendo que muitas dessas empresas adicionam funcionalidades adicionais no seu antivírus. Isso permite que empresas pequenas ou desconhecidas que não tem nenhuma relação com segurança se lancem no mercado de antivírus para lucrar com isso, sendo que muitas vezes o antivírus é apenas um meio para isso. A brasileira PSafe (que tem a chinesa Qihoo como sócia) é um exemplo perfeito disso: há alguns anos ela criou uma versão gratuita de um antivírus utilizando o engine da Bitdefender, sendo que o faturamento dela vinha através de anúncios no próprio antivírus. Conforme o uso dos smartphones aumentou, e o lucro da publicidade ali idem, ela deixou de investir no seu antivírus para desktop e migrou ele e aplicativos para Android. Ela inclusive mudou o nome de suas apps para dfndr. O maior problema dessa estratégia baseada em publicidade é que como o faturamento da empresa depende APENAS da quantidade de banners clicados, e não do índice de proteção contra malwares do seu antivírus, o foco da empresa é aumentar a taxa de cliques do usuário - pois ela só existe por causa disso. Essa dependência da publicidade é a minha principal crítica a empresas que utilizam esse modelo de negócios, uma vez que empresas que são focadas apenas na venda dos seus antivírus precisam que eles sejam eficientes, ou ninguém comprará eles e ela sairá do mercado. Se uma empresa é focada em publicidade, a eficiência do produto distribuído gratuitamente é irrelevante, pois o que interessa mesmo é que o usuário clique nos banners dali. Exemplo simples: imagine que eu, Baboo, resolvo lançar o BABOO Antivírus, mas eu não quero criar um mecanismo próprio de detecção de malwares por isso exigir a criação e manutenção de uma equipe altamente especializada que custa caro e demora muito. Então eu simplesmente entro em contato com uma empresa conhecida de antivírus, como a Bitdefender, e fecho um acordo com ela permitindo que eu utilize seu mecanismo de antivírus no BABOO Antivírus mediante um pagamento anual. E assim que eu lançar o BABOO Antivírus e ele for testado, o resultado do teste será uma excelente taxa de detecção, pois na prática esse teste foi realizado no (excelente) mecanismo de detecção de malwares da Bitdefender que está escondido ali dentro. E depois que o meu antivírus ficar ainda mais conhecido depois do sucesso dos testes (que podem ser patrocinados ou não, ou seja, a empresa que realiza os testes é paga por isso), eu aproveito isso para anunciar que o BABOO Antivírus tem uma tecnologia superior, é um "orgulho nacional", que ele é líder em segurança digital (independentemente se isso é verdade ou não), e outras frases atraentes criadas por profissionais de marketing - afinal eu preciso recuperar o dinheiro investido para utilizar o engine da Bitdefender. E como um antivírus gratuito como o BABOO Antivírus pode lucrar? Ele pode lucrar de duas maneiras bem diferentes: A primeira opção é criar uma versão paga do BABOO Antivírus, aonde eu lucro com a venda da licença anual dele. Essa é uma opção interessantes, mas como o produto é pago, isso exige uma série de investimentos para manter essa estrutura funcionando de maneira eficiente e legal: contratação e treinamento de dezenas de funcionários para o SAC, pesado investimento em marketing para concorrer com os demais antivírus pagos, etc. A segunda opção é manter o BABOO Antivírus gratuito sem opção paga (como existem muitos antivírus por aí), aonde eu lucrarei com publicidade. E para a publicidade ser eficiente, eu preciso garantir que o banner mostrado ao usuário anuncie algo relacionado ao próprio usuário, ou seja, se eu souber que o usuário tem um cão, por exemplo, é muito provável que ele clique em um banner com anúncio de ração para cães. E como eu faço isso? Como eu obtenho informações do usuário que possam ser utilizadas para publicidade? Simples: além do BABOO Antivírus utilizar o mecanismo de detecção da Bitdefender, eu adiciono um módulo no meu antivírus (módulo esse que eu não preciso fazer muito alarde) que monitora e rastreia tudo que o usuário faz. Com isso, eu sei todos os sites que ele acessa, o que ele gosta de comprar, os assuntos que interessam para ele, quais grupos e fóruns ele participa, tudo que ele faz nas redes sociais, o que ele curte, com quem ele se comunica, quais assuntos são abordados nos documentos e nos e-mails, e praticamente toda vida dele - e em pouco tempo eu tenho essas valiosas informações em mãos às custas da privacidade dele - privacidade essa que ele (sem perceber) abriu mão ao clicar no botão "Eu aceito" quando ele instalou o BABOO Antivírus, me isentando de qualquer problema legal. Além disso, o usuário não imagina que a instalação de um antivírus exige que ele aceite que esse antivírus acesse todos os arquivos existentes no computador ou smartphone. E agora que eu tenho em mãos o perfil completo de cada um dos milhões de usuários do meu antivírus, chegou a hora de eu lucrar com isso. Para fazer isso, eu fecho uma parceria com uma empresa de mídia que se torna minha "parceira" e me paga para ter acesso ao perfil e informações de todos os usuários do meu antivírus - e como essa empresa de mídia tem ferramentas poderosas para definir com precisão os hábitos de cada usuário do meu antivírus, ela escolhe quais anúncios serão mostrados para eles. E daí em diante os milhões de usuários do BABOO Antivírus começam a ver anúncios e ofertas com produtos e serviços direcionados para ele, sendo que no final de cada mês essa empresa de mídia me paga uma pequena fortuna por eu permitir que ela lucre através do meu antivírus - e com esse dinheiro eu pago a Bitdefender e crio novas apps que lucrarão da mesma maneira. A conclusão desse exemplo hipotético é que se o meu antivírus for gratuito, o meu foco REAL não é proteger o meu internauta contra malwares, mas sim LUCRAR com os DADOS dele, aonde o antivírus (ou uma app de "limpeza", "otimização", etc) é apenas um meio para isso, com a vantagem adicional de eu não precisar investir $$$$$ em infraestrutura e SAC dedicado, necessários para um antivírus pago. Lembre-se que na internet muitas vezes a frase que define perfeitamente algo gratuito é: "Se o serviço é gratuito, o produto é você" Por outro lado, empresas que lucram vendendo antivírus e produtos de segurança PRECISAM proteger o internauta contra malwares, pois se elas não fizerem isso, elas deixam de vender seus produtos e quebram. Por causa disso eu INSISTO que você utilize produtos de segurança criados apenas por empresas de segurança, pois o foco REAL dessas empresas é proteger o usuário com um excelente produto, pois é assim que elas continuarão a lucrar e se manter no mercado. Infelizmente muitos jornalistas despreparados erram ao indicar o uso de antivírus chineses por achar que estes têm uma "parceria" com a empresa que criou o engine deles (Bitdefender, no meu exemplo acima), pois não existe parceria alguma: o que existe é apenas o ALUGUEL ANUAL do mecanismo de proteção dessa empresa em que esta não tem nenhum controle sobre os módulos adicionais incluídos no antivírus do cliente (como o módulo de obtenção de dados do BABOO Antivírus exemplificado acima). Lamentavelmente muitas empresas que disponibilizam antivírus gratuitos se aproveitam da credibilidade de empresas conhecidas para tentar convencer o usuário a utilizar a sua solução, quando realisticamente isso é totalmente desnecessário: se o internauta pode baixar e usar os antivírus gratuitos da própria Kaspersky, Bitdefender, Trend Micro, entre outras empresas SÉRIAS e FOCADAS em segurança digital, não existe nenhum motivo para ele utilizar um antivírus desconhecido que aluga o mesmo mecanismo dessas empresas sérias, mas inclui módulos adicionais desconhecidos para fazer sabe-se lá o quê! Senha no antivírus Não se esqueça que o usuário é sempre muito criativo quando quer fazer alguma besteira no computador, como instalar software pirata, e se o antivírus tentar bloquear isso, muitas vezes o usuário simplesmente desabilita o antivírus para fazer o que ele quer. O melhor exemplo disso foi o caso da Kaspersky e NSA, aonde um funcionário da NSA baixou uma versão pirata do Office 2013 aonde o antivírus Kaspersky que ele utilizava detectou um trojan embutido ali. E o que esse funcionário fez?? Ele desabilitou o antivírus e instalou o programa! O resultado foi que o computador dele foi invadido e um backdoor foi instalado sem o conhecimento dele, permitindo o roubo de informações confidenciais. Essa besteira monumental resultou em uma condenação de 5 anos de prisão para esse ex-funcionário. Com isso, não esqueça de SEMPRE colocar uma senha no antivírus para evitar que ele seja desabilitado, desconfigurado ou desinstalado pelo usuário, pois isso certamente vai te poupar muita dor de cabeça
  8. O artigo abaixo foi atualizado em 2019 com informações adicionais a atualizadas deste vídeo publicado em 2017: Este artigo aborda em detalhes os melhores antivírus pagos do mercado. Se você está interessado em saber quais são os melhores antivírus gratuitos, então clique aqui. Infelizmente a imensa maioria dos artigos e vídeos sobre "os melhores antivírus" não têm credibilidade alguma por terem sido criados por youtubers e jornalistas sem nenhum conhecimento profundo sobre segurança digital. Esses artigos são basicamente traduções e adaptações de artigos de terceiros cuja escolha do melhor antivírus também foi baseada no "achismo", com o agravante do fato de que um antivírus excelente para um determinado país não indica que ele será igualmente eficiente em outro país principalmente por causa dos malwares locais que eu informo no artigo "Como ESCOLHER um antivírus". Eu tenho mais de 30 anos de experiência em Windows e Segurança Digital no dia-a-dia do mundo real aqui no Brasil, e neste artigo eu mostro quais antivírus são excelentes para usuários e empresas brasileiras. Em uma internet sem nenhum controle aonde qualquer um escreve sobre o que quiser, e até mesmo sites de bem-estar publicam artigos sobre o melhor antivírus(!), na prática esses artigos são inúteis pois não existe nenhuma confiança nas informações apresentadas. Eu não ganhei um único centavo de qualquer empresa de antivírus na criação e publicação desse artigo. Todas as minhas sugestões e indicações são baseadas exclusivamente no resultado de muitos anos de trabalho realizado resolvendo problemas de segurança e de configuração no Windows em todo tipo de cenário em computadores no Brasil. Testes no mundo real Atualmente existem mais de 70 antivírus, e desde os anos 90 eu tenho usado e testado diversos deles. Nas muitas consultorias que eu realizei nos últimos anos, eu vivenciei diversos casos escabrosos de segurança aonde eu precisei utilizar alguns antivírus realmente eficientes que resolveram por completo os problemas de segurança e de malwares. Com o uso desses antivírus, os problemas de infecção por malwares caíram para ZERO, indicando que são excelentes soluções para proteção dos computadores. Estes testes no mundo real resultaram na escolha de antivírus extraordinários para internautas brasileiros. Como eu comento no artigo sobre como escolher um antivírus, um antivírus considerado excelente em um país pode não ser tão eficiente em outro por causa de malwares locais. No caso do Brasil existem malwares específicos como os que alteram boletos de pagamento, malwares que afetam o funcionamento do bankline de bancos brasileiros, etc. Com isso, de nada adianta utilizar no Brasil um antivírus que é considerado ótimo em testes realizados na Europa ou Estados Unidos, se ele não detecta e impede malwares brasileiros, né? Observações importantes sobre os antivírus que eu indico: 1. Malwarebytes não foi testado pois ele é um anti-malware (e não antivírus). Eu abordo ele aqui. 2. Na análise de alguns antivírus eu também levei em consideração a opinião de alguns profissionais de TI focados em segurança que eu conheço há muitos anos e confio no excelente trabalho deles. Além disso, essa observação é a mais importantes de todas: 3. A escolha de um bom antivírus não depende somente de testes externos, conforme eu detalho no meu vídeo sobre como escolher um antivírus, sendo que eu adicionei a imagem do resultado de testes da AV-Comparatives para servir como referência. Embora esses testes analisem a taxa de detecção de centenas de malwares novos, a cada dia aparecem cerca de 350 MIL novos malwares. Eu abordo isso na penúltima página dessa matéria. Bem, chega de papo-furado. Agora você saberá quais são os melhores antivírus pagos para os internautas brasileiros: Kaspersky Internet Security 2019 Há alguns anos eu considero o Kaspersky como o melhor antivírus pago – e isso não mudou. E não sou só eu que defendo isso: as principais empresas independentes de testes de antivírus constantemente consideram o Kaspersky entre os três melhores antivírus. O engine (mecanismo) dos antivírus da Kaspersky é extremamente eficiente e certamente o melhor do mercado: mesmo que o antivírus esteja desatualizado, ele é capaz de detectar malwares e ransomwares desconhecidos - algo que poucos antivírus conseguem fazer. Além do kaspersky Internet Security ser extremamente eficiente, o custo dele é baixo: esse antivírus pode ser comprado por menos de R$ 30, e para micro e pequenas empresas a vantagem é ainda maior: o Kaspersky Internet Security, que é uma versão mais completa do que o Kaspersky Antivírus, custa R$ 180 com 10 licenças, ou seja, ele custa apenas R$ 18 por PC por ano. Ele também pode ser comprado diretamente no site oficial da Kaspersky. A imagem abaixo mostra a taxa de detecção de malwares pelo antivírus da Kaspersky nos últimos dois anos, de acordo com testes da AV-Comparatives: Bitdefender Internet Security 2019 O segundo antivírus pago que eu recomendo é o ótimo Bitdefender Internet Security 2019. O Bitdefender é um antivírus romeno que sempre se destacou entre os melhores do mercado, e ele constantemente mostra altas taxas de detecção e remoção de malwares em vários testes de antivírus. O Bitdefender Internet Security custa cerca de R$ 140 para proteger 3 dispositivos e ele pode ser comprado diretamente no site da Bitdefender. A imagem abaixo mostra a taxa de detecção de malwares pelo antivírus da Bitdefender nos últimos dois anos, de acordo com testes da AV-Comparatives: Quer saber mais sobre esse antivírus? Confira o meu artigo completo sobre o Bitdefender Internet Security 2019. Trend Micro Internet Security 2019 Outro excelente antivírus é o Trend Micro Internet Security 2019. Embora a taxa de falso-positivo seja mais alta do que os antivírus da Kaspersky e Bitdefender, a taxa de detecção de malwares do antivírus da Trend Micro é altíssima. Embora a taxa de proteção contra malwares (linha com círculos) seja altíssima, ela recebeu pontuação inferior (Advanced ao invés de Advanced+) por causa da alta taxa de falso-positivo por considerar suspeitos alguns programas legítimos. A imagem abaixo mostra a taxa de detecção de malwares pelo antivírus da Trend Micro nos últimos dois anos, de acordo com testes da AV-Comparatives: Conforme eu comento no artigo sobre como escolher um antivírus, existem vários fatores que devem ser levados em conta na escolha de um antivírus, não se focando somente na taxa de detecção de malwares. O Trend Micro Internet Security 2019 custa R$ 49 por dispositivo por ano e pode ser comprado diretamente no site oficial da Trend Micro. Quer saber mais sobre esse antivírus? Confira o meu artigo completo sobre o Trend Micro Internet Security 2019. F-Secure SAFE A F-Secure é uma empresa de segurança digital finlandesa que não é muito conhecida no Brasil. Independentemente disso, o antivírus dela é muito eficiente. A empresa tem um dos mais competentes especialistas em segurança digital da atualidade como CSR (Chief Research Officer, ou Diretor de Pesquisa): Mikko Hyppönen, que ajudou a aumentar a segurança do Twitter nas suas primeiras versões e criador da Lei de Hypponen em 2016: O antivírus da F-Secure utiliza o mesmo engine (mecanismo de detecção de malwares) da AVIRA e custa R$ 149 para proteção de 3 dispositivos, podendo ser comprado diretamente no site oficial da F-Secure. A imagem abaixo mostra a taxa de detecção de malwares pelo antivírus da F-Secure nos últimos dois anos, de acordo com testes da AV-Comparatives: Avira Antivirus Pro 2019 O Avira é um antivírus alemão que também está constantemente bem posicionado nos testes de antivírus, sendo conhecido por causa da sua versão gratuita. A Avira comercializa várias versões de antivírus, sendo que o Avira Antivirus Pro 2019 tem ótimas funcionalidades e baixo custo. O Avira Antivirus Pro 2019 custa cerca de R$ 80 para proteger 3 dispositivos e ele pode ser comprado diretamente no site oficial da Avira. A imagem abaixo mostra a taxa de detecção de malwares pelo antivírus da Avira nos últimos dois anos, de acordo com testes da AV-Comparatives: Panda Dome Nos últimos anos eu considerei o Panda Dome gratuito como o melhor antivírus gratuito por causa do seu engine (mecanismo de detecção) XMT, embora isso tenha mudado recentemente. O nível de proteção da Panda caiu um pouco em relação aos anos anteriores, embora seu nível de proteção continue alto. Eu publiquei um artigo completo sobre o Panda Dome Complete 2019. A imagem abaixo mostra a taxa de detecção de malwares pelo antivírus da Panda nos últimos dois anos, de acordo com testes da AV-Comparatives: Norton Security Plus O antivírus da Symantec é um dos mais antigos do mercado, mas há muitos anos ele deixou de estar entre os melhores. Atualmente eu considero-o um antivírus do "segundo escalão" sendo inferior aos demais citados anteriormente. Em 2013 o The New York Times foi invadido por hackers chineses que tiveram acesso aos computadores da rede durante quatro meses sem serem detectados, sendo que dos 45 malwares utilizados por eles, apenas um foi detectado pela Symantec (cujo antivírus era utilizado pela empresa). Para piorar, em 2014 o vice-presidente corporativo de Segurança da Symantec, Brian Dye, afirmou publicamente que o "antivírus está morto". Embora a intenção dele (aparentemente) era dizer que apenas o antivírus não é suficiente para proteger o computador de todas as ameaças, necessitando soluções mais completas, ele foi demitido no mês seguinte. Pelo visto a Symantec resolveu levar a sério essa questão do antivírus, e nos últimos anos o Norton melhorou MUITO, obtendo atualmente uma taxa de detecção de malwares bem alta. O Norton Security Plus custa R$ 199 para proteção de 5 dispositivos, podendo ser comprado diretamente no site oficial da Symantec. A imagem abaixo mostra a taxa de detecção de malwares pelo antivírus da Symantec nos últimos dois anos, de acordo com testes da AV-Comparatives: ESET Internet Security O ESET é uma empresa bastante conhecida, pois o antivírus dela é bastante utilizado aqui no Brasil e tem uma legião de fãs que gostam muito dele por considerarem "leve" e ideal para gamers. Atualmente eu considero-o um antivírus do "segundo escalão" sendo inferior aos demais citados anteriormente. O ESET Internet Security é um ótimo produto e custa cerca de R$ 140 para proteger até 3 dispositivos (computador, notebook, tablet ou smartphone). Ele pode ser comprado diretamente no site oficial da ESET. A imagem abaixo mostra a taxa de detecção de malwares pelo antivírus da ESET nos últimos dois anos, de acordo com testes da AV-Comparatives: E os outros antivírus pagos? E o resultado dos testes de antivírus? Existem vários outros antivírus pagos conhecidos no mercado, mas eles não estão na minha lista de antivírus recomendados. Isso acontece pois eu não considero-os eficientes. São eles: Avast/AVG O Avast e AVG (que foi comprada pela Avast em 2016) são provavelmente os antivírus mais conhecidos no Brasil principalmente pela sua versão gratuita, mas na minha opinião eles estão muito longe de serem tão eficientes quanto os demais. Há muitos anos eu removo malwares de notebooks e computadores em todo tipo de cenário, e eu cansei de ver que mesmo aqueles que tinham o AVG e Avast instalados e atualizados estavam infectados por malwares ou adwares. Esse problema acontecia independentemente se o sistema operacional era Windows 7, Windows 8.x ou Windows 10, se o antivírus Avast/AVG era gratuito ou pago, e também qual a versão do antivírus estava instalada. Além disso, muitas vezes o Avast mostrou ser o responsável pela demora na inicialização do Windows, e bastou removê-lo para a inicialização ser muito mais rápida. O mesmo aconteceu em muitos casos aonde o disco estava em uso constante sem motivo (indicando problema do disco a 100%) e bastou remover o antivírus para esse problema ser solucionado. É importante salientar que eu não tenho absolutamente nada contra a empresa Avast (tanto que eu indico o uso do CCleaner e Defraggler que pertencem à essa empresa), mas na minha opinião ela precisa melhorar seu antivírus para ele ser recomendável para os internautas brasileiros. McAfee O antivírus da McAfee é um dos mais antigos do mercado e ele costuma vir pré-instalado em computadores e notebooks de alguns fabricantes. Infelizmente na minha opinião o McAfee é fraquíssimo em comparação com os demais antivírus, e eu conheço vários relatos recentes de usuários desse antivírus que foram infectados por ransomware mesmo estando com o antivírus atualizado. Em Fevereiro de 2018 o ransomware SamSam infectou mais de 2 mil computadores do Departamento de Transporte do Colorado, sendo que eles estavam utilizando antivírus da McAfee. Para piorar, no mês seguinte esse mesmo órgão governamental foi novamente infectado por um ransomware que era uma variante do SamSam! Por causa disso tudo eu não recomendo o uso do antivírus da McAfee. Sophos A Sophos é uma empresa inglesa e seu antivírus nunca se destacou entre os melhores e em 2017 o WannaCry comprovou isso. Um dos maiores clientes da Sophos é o NHS, o "SUS inglês", que teve problemas catastróficos quando o WannaCry apareceu no início de 2017. Os computadores de diversos hospitais do NHS estavam protegidos pelo antivírus da Sophos, mas eles foram infectados por esse ransomware, forçando o cancelamento de 19 mil consultas e causando prejuízo de cerca de US$ 120 milhões (R$ 430 milhões). Para piorar, a Sophos demorou várias horas para lançar a atualização do seu antivírus para bloquear o WannaCry. Isso obrigou a Sophos alterar a frase sobre a NHS no site dela de "NHS está totalmente protegido com Sophos" (antes do WannaCry) para "Sophos compreende as necessidades de segurança da NHS" (depois do WannaCry). Depois disso tudo, a NHS substituiu o antivírus da Sophos pelo Windows Defender ATP (versão corporativa do Windows Defender). Emsisoft O antivírus da Emsisoft utiliza o mesmo engine (mecanismo de detecção de malwares) da Bitdefender, algo que deveria resultar em taxa de detecção muito alta ou similar ao da F-Secure, pois esta também utiliza o engine da Bitdefender. Infelizmente em 2018 os testes mostram o contrário: a taxa de detecção da Emsisoft é muito inferior à da Bitdefender e F-Secure, e por isso não há motivo para eu indicar o seu uso. E os testes de antivírus? Existem no mercado três empresas conhecidas por testarem antivírus: + AV-Comparatives, empresa austríaca fundada em 1999 + AV-TEST, empresa alemã fundada em 2001 + Virus Bulletin, empresa inglesa fundada em 1989 Estas empresas realizam dezenas de testes automatizados de antivírus, incluindo testes: + Mundo Real: análise de malwares na web utilizando as configurações default dos antivírus + Performance: desempenho na varredura do disco rígido + Falso Positivo: taxa de detecção de programas legítimos que são considerados maliciosos + Remoção de Malware: análise da detecção e remoção de malwares provindos de rede local e USB Embora esses testes aparentemente sejam úteis, na prática eles servem apenas como referência para saber como os antivírus se comportam nesses cenários. Esses testes JAMAIS devem ser utilizados para escolha de um determinado antivírus - e existe vários motivos para isso: A quantidade de malwares testados é desprezível, representando menos de 0,01% do total de malwares existentes - e basta UM ÚNICO malware para infectar o computador. Enquanto em um dos testes de proteção a AV-TEST utiliza cerca de 14 mil amostras de malware, a Virus Bulletin utiliza até 2.000 amostras e a AV-Comparatives utiliza cerca de mil amostras, em 2018 surgiram nada menos de 350 mil novos vírus POR DIA. Os testes realizados não levam em conta malwares locais, que são malwares que funcionam apenas em alguns países: no Brasil temos malwares que alteram boletos bancários e interferem no bankline dos bancos nacionais. De nada adianta um antivírus ter ótimas taxas de detecção em testes de laboratório, mas falhar na detecção de malwares locais. Os resultados desses testes podem mudar a cada hora por causa da atualização constante do banco de dados dos antivírus. Com isso, se um mesmo teste de antivírus for realizado de manhã, à tarde ou à noite, ele pode gerar resultados totalmente diferentes por causa da atualização do banco de dados de malwares realizada diversas vezes em cada um desses períodos. Nem todos antivírus são testados, pois embora o resultado dos testes seja idôneo (as empresa de antivírus não têm nenhuma influência nos testes), as empresas que desenvolveram os antivírus são obrigadas a pagar uma anuidade às empresas que testam seus antivírus - e nem todas têm interesse nisso. Esses testes são somente ilustrativos e jamais devem ser utilizados na escolha de um antivírus - tanto que a própria AV-Comparatives informa em seu site: "Please note that we do not recommend purchasing a product purely on the basis of one individual test or even one type of test. Rather, we would suggest that readers consult also our other recent test reports, and consider factors such as price, ease of use, compatibility and support.", ou seja: "Por favor, note que não recomendamos a compra de um produto puramente com base em um teste individual ou mesmo um tipo de teste. Sugerimos que os leitores consultem nossos outros relatórios de teste recentes e considerem fatores como preço, facilidade uso, compatibilidade e suporte." Com isso, mesmo se um determinado antivírus for eleito o "melhor do ano", isso não significa que ele seja o melhor produto do mercado - muito menos para o Brasil! Na prática os melhores antivírus devem ser escolhidos baseado nos resultados obtidos no mundo real, ou seja, na sua eficiência durante o dia-a-dia em todo tipo de cenário e com o maior número de computadores possível. CONCLUSÃO Para mim os três melhores antivírus do mercado são o Kaspersky Internet Security, seguido pelo Bitdefender Internet Security e o Trend Micro Internet Security: Quer saber quais são os melhores antivírus gratuitos? Clique aqui! Se você quer comprar um antivírus, é fundamental que você compre no site do desenvolvedor ou em sites confiáveis como Kabum e Silicon Action, pois existem muitas lojas online na internet que vendem software ilegal (pirata) sem que o comprador saiba disso. O pior lugar para você comprar antivírus é o Mercado Livre: Quer comprar software? FUJA do Mercado Livre pois a quase totalidade dos programas vendidos ali são ilegais: os bandidos "vendedores" comercializam versões piratas, chaves de ativação que já foram utilizadas, chaves de ativação roubadas de empresas, etc., enganando os consumidores que acham que estão comprando um produto legítimo. Eu abordei isso há alguns anos quando eu publiquei um artigo mostrando como internautas são enganados pelos "vendedores" do Mercado Livre ao comprar alguma "licença vitalícia" (termo inventado por eles, pois isso simplesmente não existe) do Windows. Esses crimes acontecem livremente desde sempre, e obviamente o Mercado Livre nunca teve real interesse em resolver isso: simplesmente impedir a venda de software em sua plataforma. Mas o que você espera de uma empresa que está se lixando para os problemas dos seus clientes?!? Pior, impossível.
  9. O artigo abaixo foi atualizado em 2019 com informações adicionais a atualizadas deste vídeo publicado em 2017: Todos antivírus alegam ser o melhor do mercado, mas isso está longe da verdade pois nem todo antivírus é uma boa solução. Estes são os motivos que NÃO DEVEM SER UTILIZADOS para escolher um antivírus: Seus amigos usam ele Ele é gratuito ou muito barato Ele tem uma forte campanha de marketing, aparecendo em muitos sites Ele se saiu melhor do que outros em algum teste de antivírus Ele foi eleito "o melhor" por algum site que não tem nenhum foco em segurança digital Ele tem uma interface bonita e atraente Neste artigo você aprenderá a escolher corretamente um antivírus. Desde o aparecimento dos primeiros antivírus, tem havido discussões para saber qual é o melhor deles. Existem dezenas de antivírus no mercado, então antes de definir qual é o melhor, é importante que você compreenda o que é um produto e o que é uma solução. Quando você compra um produto, seja ele uma camisa, um carro ou um lanche, na verdade você está selecionando uma solução disponível para o seu problema de vestuário, transporte e fome, sendo que a melhor solução depende de diversos fatores: disponibilidade, eficiência, custo/benefício, etc. Esse raciocínio simples também se aplica a um antivírus: dentre os muitos produtos de antivírus existentes no mercado, como escolher a melhor solução para você ou para sua empresa? Da mesma maneira que os fatores decisivos na escolha de uma solução envolvem a disponibilidade, eficiência e custo/benefício citados anteriormente, a escolha de um antivírus deve ser analisada de maneira técnica e racional sem levar em contra preferências pessoais ou informações marqueteiras desses antivírus. Eu cansei de ver usuários e pequenas empresas usando antivírus ruins pois ele foi indicado por algum amigo (cujo foco não é segurança digital) ou porque o site dele é "legal" e o produto é "bonito" ou "bacana". Você jamais deve escolher um antivírus só porque todos usam ele, por ser gratuito ou por causa da sua interface gráfica. O melhor antivírus é o resultado da combinação de CINCO fatores: 1. Alta taxa de detecção de malware Alta taxa de detecção de malware é o que define se um antivírus é eficiente ou não: o antivírus com alta taxa detecta e bloqueia a imensa maioria dos malwares. Se o antivírus tiver uma taxa de detecção muito baixa, ele não vai bloquear as ameaças e obviamente ele não é uma boa solução. Existem várias empresas que publicam testes de antivírus, sendo que as mais conhecidas e confiáveis são a AV-Comparatives, AV-TEST, VB100 da Virus Bulletin e a MGR Efittas. Como cada um delas utiliza uma metodologia própria para testar os antivírus, evidentemente o resultado dos testes são únicos e diferem entre si, ou seja, se um determinado antivírus teve um ótimo resultado nos testes de uma dessas empresas, isso não significa que ele também foi ótimo no resultado de outra. Além disso, um antivírus que teve um ótimo resultado em um determinado teste pode ter um resultado pior no mesmo teste realizado meses depois, pois os resultados variam muito durante o ano. Com isso, você jamais deve escolher um antivírus baseado em alguns testes. O melhor antivírus é aquele que se sai muito bem continuamente na maioria dos testes realizados, uma vez que jamais haverá um antivírus capaz de detectar 100% dos malwares em todos os testes. 2. Baixíssima quantidade de falso-positivo A quantidade de falso-positivo é fundamental para manter a credibilidade do antivírus. O falso positivo acontece quando o antivírus detecta um programa ou arquivo como malicioso, quando na verdade ele não é. Isso é relativamente comum quando um programa contém alguma função, código ou script interno que realiza alguma tarefa considerada potencialmente danosa ao computador. Um bom exemplo disso é o netpass.exe (mostrado no artigo sobre o Kaspersky Internet Security), que é um software que mostra a senhas do Windows, pois ele pode ajudar o usuário ou administrador de rede a descobrir uma senha esquecida, mas também pode ser utilizado por criminosos para descobrir as senhas do usuário. Quando um antivírus tem uma quantidade muito alta de falso-positivo, ou seja, ele detecta erroneamente arquivos legítimos como maliciosos, o usuário aos poucos deixa de acreditar no antivírus pois ele pensa "bem, o antivírus errou nas últimas 5 vezes então agora também deve estar errado" - e isso é a receita para o desastre. 3. Ótimo custo/benefício O preço de um antivírus é um fator importante, pois não adianta um antivírus ser extremamente eficiente, mas ter um preço muito alto que impeça a sua compra ou a renovação da sua licença. E um antivírus gratuito NUNCA será tão eficiente quanto a versão paga dele, pois a versão paga tem funcionalidades e proteções adicionais. O custo/benefício torna-se ainda mais importante nas micros e pequenas empresas, pois elas precisam comprar várias licenças para seus computadores e notebooks. Embora o ideal seja obviamente utilizar um antivírus gratuito, essa escolha tem duas limitações que devem ser consideradas: 1. Antivírus gratuitos têm menos opções de proteção em comparação com as suas versões pagas, limitando o seu nível de proteção. As versões pagas têm módulos e funcionalidades adicionais muito importantes. 2. Alguns antivírus gratuitos só podem ser utilizados em ambientes domésticos, pois a sua licença de uso proíbe seu uso em ambientes corporativos. Então a solução é escolher um bom antivírus que tenha um custo razoável, mas que não seja tão caro a ponto da empresa ou você desistir de comprá-lo para comprar um antivírus inferior só porque este é mais barato. Algumas informações adicionais: Antivírus gratuitos que podem ser utilizados em ambientes corporativos: Kaspersky Free e Kaspersky Security Cloud Free Antivírus gratuitos que NÃO podem ser utilizados em ambientes corporativos: Panda Dome gratuito, BitDefender Free, Avira Free Antivírus gratuitos que eu recomendo que você NÃO utilize: ClamWin (péssimo e limitadíssimo), Comodo, 360 Total Security, AVG, Avast e ZoneAlarm. Se possível, compre um antivírus que proteja mais de um PC, pois quanto mais dispositivos ele proteger, menor o preço por dispositivo. Sempre que possível compre antivírus em sites conhecidos (como a Kabum, Saraiva ou Americanas), pois os preços são mais baixos do que no site oficial e jamais compre software no Mercado Livre pois a imensa maioria dos softwares "vendidos" ali são ilegais pois a chave de ativação já foi utilizada anteriormente, a sua venda é ilegal (chave NFR que não podem ser vendidas) ou ela simplesmente foi roubada de alguma empresa. Um detalhe importante que você deve levar em consideração na compra de um antivírus é que quanto mais dispositivos ele proteger, mais barato é o custo por dispositivo. No exemplo abaixo, o BitDefender Internet Security custa R$ 140 para UM dispositivo, R$ 190 para 5 dispositivos e R$ 200 para 10 dispositivos, ou seja, o custo mensal para 10 dispositivos custa 7 vezes menos do que o custo mensal para um único dispositivo. Mesmo que você não precise proteger 10 dispositivos, você pode utilizar as licenças adicionais para amigos ou familiares, dividindo o custo com eles Intromissão ZERO para o usuário Intromissão ZERO para o usuário é muito importante pois o antivírus precisa ser autossuficiente. Ele jamais deve aborrecer o usuário com informações e mensagens irrelevantes que desviem a atenção dele sem necessidade. O ideal é que o antivírus mostre apenas uma mensagem quando algum vírus foi detectado e apagado. Todas as demais informações (sugestões, boletins, propagandas, notícias e atualizações) devem ter opção para serem desabilitadas. Quando menos o usuário perceber o funcionamento do antivírus, melhor. Isso permite que ele não perca o foco no trabalho que ele está realizando. Eficiência que não dependa em nada de qualquer ação do usuário Por fim, o antivírus não pode depender de qualquer ação do usuário: ele precisa "trabalhar sozinho" e saber o que fazer sem incomodar o usuário. Isso é diferente do item anterior, pois no item anterior o antivírus fica informando o que está acontecendo, sendo que neste caso o antivírus não deve perguntar o que fazer. Isso é necessário pois não é função do usuário (que não entende a fundo sobre segurança digital) definir o que o antivírus deve fazer ou não: é o antivírus que deve decidir isso. Um antivírus que tenha as cinco características acima sem dúvida alguma é uma excelente SOLUÇÃO para o usuário. Um detalhe importante é que se o antivírus for implementado em uma micro ou pequena empresa, é importante que ele tenha uma opção de gerenciamento remoto das estações - sendo preferencialmente via web. Isso permite que o responsável pelos computadores da empresa consiga controlar todos os antivírus de todas as estações de trabalho de um único local - incluindo atualizá-los, executar uma varredura completa e analisar eventuais problemas. Embora alguns antivírus tenham gerenciamento via web somente nas suas versões corporativas (Endpoint) como o Panda, outros antivírus disponibilizam isso para todas as versões dos seus produtos, como a Kaspersky e a BitDefender. Um detalhe final é que você JAMAIS deve instalar antivírus e programas chineses em geral, conforme eu detalho aqui e aqui. E os testes de antivírus? Existem no mercado três empresas conhecidas por testarem antivírus: + AV-Comparatives, empresa austríaca fundada em 1999 + AV-TEST, empresa alemã fundada em 2001 + Virus Bulletin, empresa inglesa fundada em 1989 Estas empresas realizam dezenas de testes automatizados de antivírus, incluindo testes: + Mundo Real: análise de malwares na web utilizando as configurações default dos antivírus + Performance: desempenho na varredura do disco rígido + Falso Positivo: taxa de detecção de programas legítimos que são considerados maliciosos + Remoção de Malware: análise da detecção e remoção de malwares provindos de rede local e USB Embora esses testes aparentemente sejam úteis, na prática eles servem apenas como referência para saber como os antivírus se comportam nesses cenários. Esses testes JAMAIS devem ser utilizados para escolha de um determinado antivírus - e existe vários motivos para isso: A quantidade de malwares testados é desprezível, representando menos de 0,01% do total de malwares existentes - e basta UM ÚNICO malware para infectar o computador. Enquanto em um dos testes de proteção a AV-TEST utiliza cerca de 14 mil amostras de malware, a Virus Bulletin utiliza até 2.000 amostras e a AV-Comparatives utiliza cerca de mil amostras, em 2018 surgiram nada menos de 350 mil novos vírus POR DIA. Os testes realizados não levam em conta malwares locais, que são malwares que funcionam apenas em alguns países: no Brasil temos malwares que alteram boletos bancários e interferem no bankline dos bancos nacionais. De nada adianta um antivírus ter ótimas taxas de detecção em testes de laboratório, mas falhar na detecção de malwares locais. Os resultados desses testes podem mudar a cada hora por causa da atualização constante do banco de dados dos antivírus. Com isso, se um mesmo teste de antivírus for realizado de manhã, à tarde ou à noite, ele pode gerar resultados totalmente diferentes por causa da atualização do banco de dados de malwares realizada diversas vezes em cada um desses períodos. Nem todos antivírus são testados, pois embora o resultado dos testes seja idôneo (as empresa de antivírus não têm nenhuma influência nos testes), as empresas que desenvolveram os antivírus são obrigadas a pagar uma anuidade às empresas que testam seus antivírus - e nem todas têm interesse nisso. Esses testes são somente ilustrativos e jamais devem ser utilizados na escolha de um antivírus - tanto que a própria AV-Comparatives informa em seu site: "Please note that we do not recommend purchasing a product purely on the basis of one individual test or even one type of test. Rather, we would suggest that readers consult also our other recent test reports, and consider factors such as price, ease of use, compatibility and support.", ou seja: "Por favor, note que não recomendamos a compra de um produto puramente com base em um teste individual ou mesmo um tipo de teste. Sugerimos que os leitores consultem nossos outros relatórios de teste recentes e considerem fatores como preço, facilidade uso, compatibilidade e suporte." Com isso, mesmo se um determinado antivírus for eleito o "melhor do ano", isso não significa que ele seja o melhor produto do mercado - muito menos para o Brasil! Na prática os melhores antivírus devem ser escolhidos baseado nos resultados obtidos no mundo real, ou seja, na sua eficiência durante o dia-a-dia em todo tipo de cenário e com o maior número de computadores possível.
  10. Quando uma empresa pretende sair da pirataria e comprar licenças legítimas do Windows, Office e outros aplicativos, ela pesquisa na internet aonde comprar essas licenças. Ao invés de compra-las diretamente no site do desenvolvedor (Microsoft, Adobe, etc), o responsável pesquisa na internet se existem licenças originais por um preço mais baixo - e se depara com dezenas de sites vendendo-as. E como quase ninguém perde tempo pesquisando sobre a credibilidade da empresa e a legitimidade das licenças vendidas por eles, o comprador adquire essas licenças sem saber que caiu em um golpe ao comprar chaves de ativação ilegais que podem ser desativadas a qualquer momento pela Microsoft. Para complicar ainda mais, comprar Windows ou Office em lojas online conhecidas (Americanas, Extra, Magazine Luíza, Walmart..) não muda nada, pois elas utilizam "lojas parceiras" sem saber que esses "parceiros" vendem chaves de ativação ilegais ou roubadas - e o cliente cai no mesmo golpe. Esta matéria aborda isso em detalhe, sendo que a informação mais importante relacionada à pirataria é esta: É fundamental você compreender a diferença entre uma licença de uso e uma chave de ativação! Windows ativado não é Windows legalizado, pois a compra de uma chave de ativação não inclui o direito de usar o Windows. A chave de ativação é apenas o meio pelo qual o cliente que tem a licença original do Windows possa utilizar legalmente o sistema operacional. A chave de ativação funciona de maneira similar a chave de um apartamento: ela permite que você entre no apartamento, mas isso não significa que você tenha permissão de entrar no apartamento - e é exatamente isso que acontece quando você compra uma chave de ativação ilegal e recebe um link para download do Windows. A chave de ativação "vendida" pelos golpistas não torna seu Windows original e muito menos legítimo pois esses golpistas não vendem a LICENÇA de uso do Windows, que é o documento necessário para comprovar que você ou a sua empresa podem utilizar o Windows e que define se um Windows é pirata ou não. Sem a licença de uso do Windows fornecida pela Microsoft, um Windows ativado continua sendo considerado pirata - então ao comprar essas chaves de ativação na internet você está apenas jogando dinheiro no lixo, pois seu Windows continuará sendo pirata uma vez que esses "vendedores" não entregam a licença de uso delas. Isso também se aplica ao Office, Photoshop, Premiere, CorelDRAW, AutoCAD e todos os demais softwares do mercado. Além disso, muitos vendedores anunciam Windows "legítimo" entregue em DVD juntamente com o COA (Certificates of Authenticity, ou Certificado de Autenticidade), que é aquele adesivo com o logotipo do Windows e a chave de ativação dele) alegando que isso prova que o software é original. Isso é lenda. A China é o paraíso dos falsificadores, e é perfeitamente possível comprar Windows 10 falso em uma embalagem falsa contendo um COA falso, como você pode ver nas imagens abaixo obtidas do Alibaba, sendo que obviamente eles "exportam" para o mundo todo - inclusive para o Brasil. Além disso, o COA não é uma licença do Windows e a sua existência não significa que o Windows seja original. Existem também a venda de Office 365 vitalício, algo que sequer existe, pois a assinatura do Office 365 é por definição anual e ela precisa ser renovada todos os anos. Não existe e nunca existirá um "Office 365 vitalício". Além disso, as chaves ilegalmente vendidas no mercado do Office 365 são chaves de ativação destinadas para o mercado acadêmico (estudantes, professores e funcionários) que expiram depois de 365 dias e jamais podem ser comercializadas. Quem compra essas chaves está caindo em um golpe: Pirataria no Brasil Desde sempre as taxas de pirataria de software no Brasil são muito altas, e a pirataria de software acontece muito mais por hábito e falta de punição do que por necessidade em si - tanto que até mesmo antivírus de R$ 29 são pirateados. Infelizmente os internautas que pirateiam inventam todo tipo de desculpa para justificar seu crime, e os principais argumentos fantasiosos são estes: Windows é caro: essa é a desculpa "tradicional" que não faz sentido no mundo real: além do Windows 10 ser gratuito para usuários do Windows 7 e Windows 8.1, ele é barato conforme eu detalho aqui, considerando que ele pode ser utilizado por mais de uma década. O imposto no Brasil é alto: essa é outra desculpa esfarrapada, pois além do Windows 10 poder ser comprado por 12 x R$ 46 (ou seja, ele custa o equivalente a dois lanches do McDonald's por mês), o fato do imposto ser alto não justifica o roubo deles. O salário mínimo é baixo e por isso o brasileiro não tem condição de comprar software: esse argumento usa o tradicional "coitadismo" do brasileiro como justificativa para fazer algo errado, com o agravante dele ser totalmente incorreto. Além do salario mínimo não servir para comparação de preços (de um pãozinho francês a um litro de gasolina, tudo é caro se usá-lo como referência), em 2017 o rendimento médio mensal de todas as fontes foi de R$ 2.112. Além disso, muitos sites e youtubers incentivam livremente a pirataria fornecendo links, cracks e ativadores, se lixando para as leis e a ética - pois o que interessa MESMO é atrair a atenção do internauta e lucrar com publicidade. Um ótimo exemplo é o Tecmundo: no dia 31 de julho de 2015 eles publicaram uma matéria informando como conseguir o Windows 10 original por apenas R$ 30, aonde eles sugerem a compra no Mercado Livre(!!) mas alertando "Exija nota fiscal" sem saber que obviamente essa nota fiscal é tão legal quanto o software vendido ali. Além disso mostrar o resultado do uso de jornalistas que escrevem artigos sem ter nenhum conhecimento (ou ética) sobre o assunto abordado, assim que internautas me informaram sobre esse artigo eu contatei imediatamente um conhecido que trabalha na NZN (empresa responsável pelo Tecmundo) sobre essa questão, aonde ele me informou que "o pessoal" foi informado. E hoje, quase 4 anos depois, o artigo continua ali incentivando o crime de pirataria e se lixando para o prejuízo causado aos internautas que caíram no golpe da compra do Windows 10 "com nota fiscal" no Mercado Livre. O mesmo acontece com centenas de youtubers que publicam vídeos mostrando como ativar ilegalmente o Windows: esses oportunistas carentes por likes, visualizações e assinantes fazem de tudo para chamar atenção com seus vídeos, também se lixando se o que estão fazendo é ilegal ou imoral - afinal o que interessa mesmo é lucrar com publicidade nos banners mostrados durante o vídeo. Infelizmente a Google, dona do YouTube, também está se lixando se existem ali milhares de vídeos com atitudes criminosas, pois esses vídeos geram uma excelente receita - e novamente o que interessa mesmo é lucrar, pois o resto é totalmente irrelevante. O resultado desse incentivo à pirataria sem nenhuma punição, aonde o criminoso também gera receita com publicidade disso(!), faz com que os índices de pirataria no Brasil sejam altos e dificultam. Adicione aí o Mercado Livre, OLX e centenas de sites de "vendedores" de chaves de ativação ilegais, e o resultado é o pior possível: a pirataria enraizada na sociedade brasileira aonde ninguém se preocupa com a legalidade disso. Incrivelmente essas mesmas pessoas que vendem ou usam software pirata criticam os políticos corruptos que fazem o mesmo que eles: roubam em vantagem própria se lixando para as leis, pois o que interessa mesmo é apenas o lucro fácil. Mais hipocrisia, impossível Ativação do Windows Existem várias maneiras de ativar o Windows legalmente: Ativação KMS (Key Management Service) é utilizada por grandes empresas: elas configuram um servidor interno para servir como servidor de ativação, e todos os computadores da rede podem ser automaticamente ativados por ali. Isso facilita muito a ativação de dezenas ou centenas de milhares de estações de trabalho de grandes empresas, que não precisam serem ativados via internet, mas ao burlar esses servidores de ativação é possível ativar qualquer computador ou notebook mesmo que ele não esteja na rede local da empresa, embora a ativação dure apenas 180 dias. A própria Microsoft disponibiliza chaves de ativação para computadores que devem ser ativados via KMS. Ativação MAK (Multiple Activation Key) permite múltiplas ativações de uma única chave, sendo muito utilizada quando uma empresa cria uma imagem de instalação do Windows e replica-a para centenas de estações Ativação VAMT (Volume Activation Management Tool) é uma aplicação que coleta pedidos de ativação de vários computadores e envia. Como ela armazena as ativações, é possível reativar um Windows sem contatar os servidores de ativação da Microsoft. Ativação OEM (Original Equipment Manufacturer) é realizada em computadores novos, aonde o Windows é automaticamente ativado de acordo com o número serial do equipamento instalado. Ativações piratas via KMS existem desde o Windows Vista em 2006 através do uso de servidores públicos de ativação. Quando isso acontece, a Microsoft consegue desativar os Windows ativados ilegalmente desta maneira (além do uso de cracks, seriais inválidas e outras gambiarras) através de atualizações do sistema operacional, como ela fez com o Windows XP, o Windows Vista (duas vezes) e Windows 7. Ativações MAK também vazaram e as ativações foram desabilitadas. Quando o Windows é ativado, a Microsoft armazena em seus servidores diversas informações sobre a ativação: chave de ativação, versão do sistema operacional e revendedor (se aplicável), data da ativação, chave de Hardware ID (código gerado a partir de várias informações do hardware: número de série do processador, memória, HD, chipset..), idioma, endereço IP, Conta da Microsoft, etc. Com essas informações, a Microsoft consegue saber facilmente se a cópia do Windows que você está utilizando foi ativada ilegalmente ou não – e com isso ela pode lançar uma atualização para desativá-la. Na época do Windows 7 havia uma ativação pirata de OEM que fez muito sucesso: ela “enganava” o Windows fazendo-o pensar que ele está rodando em um computador de um determinado fabricante, quando não estava. Então uma chave OEM era aplicada e magicamente o Windows era ativado. Mesmo nesses casos a Microsoft conseguiu detectar versões ativadas ilegalmente, e em 2010 ela lançou um update que detectava se o Windows foi ativado utilizando algum dos setenta cracks disponíveis na web naquela época. Felizmente com o Windows 10 a Microsoft começou a dispensar o uso de chaves de ativação conforme eu detalho aqui. Lojas online e enganação Existem vários métodos de ativação ilegal do Windows: uso de chave de ativação que foi roubada de grandes empresas (pois uma empresa com dezenas, centenas ou milhares de estações recebe uma única chave de ativação para todas elas), chaves para universidades e faculdades, NFR (Not for Resale, que são licenças para testes internos e que não podem ser comercializadas), chaves de ativação da MSDN, etc. Sabendo que os internautas gostariam de ter versões originais disso, apareceram na internet tem milhares de "vendedores" que comercializam Windows, Office, Photoshop, Premiere e outros programas a um preço muito menor do que os preços encontrados nas lojas oficiais. Esses "vendedores" utilizam a plataforma de publicidade AdWords do Google para anunciá-los, além de postá-los no Mercado Livre, o maior centro de pirataria do Brasil, anunciando "licença vitalícia", "licença original com nota fiscal", "chave original", "chave legítima", "compra com envio em 2 minutos", etc, sendo que alguns alegam até mesmo ser "revenda Microsoft" ou que “não trabalhamos com pirataria”! Infelizmente eles lucram com a ingenuidade, falta de conhecimento e principalmente com a falta de bom senso dos internautas. Pergunte no Mercado Livre se eles entregam nota fiscal e qual é o CNPJ da empresa que está vendendo essas “chaves originais”, e a sua mensagem é imediatamente apagada! Como o Mercado Livre está se lixando para as leis brasileiras e aceita tranquilamente a ação desses golpistas, uma simples pergunta sobre a validade legal da “chave original” transforma-se em algo proibido. Mais óbvio, impossível. Alguns "vendedores" merecem um prêmio de criatividade ao disfarçar ao máximo a venda de chaves ilegais, pois ele é apenas "um revendedor autônomo que vende licença original de baixo custo sem nota fiscal" Se o Windows 10 Home é vendido pela Loja da Microsoft por R$ 560 e o Windows 10 Pro por R$ 810, você realmente acredita que vendedores desconhecidos da internet e do Mercado Livre estão vendendo legalmente o mesmo software por menos de um décimo do preço?!? Tudo que eles anunciam é basicamente uma grande mentira. Esses "vendedores" são oportunistas que obtiveram chaves ilegais e revendem elas como se fossem originais - sendo que em muitos casos eles até "emitem nota fiscal" cuja validade é a mesma de uma nota de três reais. Comprar essas chaves com nota fiscal achando que elas são legítimas faz tanto sentido quanto comprar um carro roubado com "nota fiscal" pelo bandido! O fato de ter uma nota fiscal não significa em nada que o software foi comprado legalmente, pois a empresa que emitiu a nota fiscal pode preencher o que quiser ali e depois cancelá-la a qualquer momento. As chaves de ativação comercializadas por eles foram obtidas ilegalmente e sua venda é proibida, ou seja, quem comprou essas chaves e ativou o Windows fez isso de maneira ilegal e por isso o Windows continua sendo considerado pirata, pois Windows ativado não é Windows legalizado. Se uma empresa ativar o Windows de seus computadores com essas chaves ilegais e houver alguma auditoria da Microsoft, todos os Windows ativados serão considerados piratas pois eles foram ativados ilegalmente. Isso está claro no Termo de Uso do Windows: "Você estará autorizado a usar esse software somente se estiver corretamente licenciado e o software tiver sido ativado adequadamente com uma chave do produto (Product Key) original ou por outro método autorizado". Como esses "vendedores" da internet vendem licenças de software? Isso é muito simples: basta uma pessoa obter uma ou mais chaves de ativação de uma empresa, órgão governamental ou outros meios citados anteriormente e ele pode se tornar um "vendedor de licenças originais": basta ele abrir uma empresa individual (MEI ou EIRELI), se cadastrar no programa AdWords do Google e no Mercado Livre e começar a "vender" a licença do Windows - inclusive com nota fiscal! E no Google ou Mercado Livre ele pode inventar ser o que quiser: incluindo ser uma revenda autorizada Microsoft ou parceiro Microsoft, para dar mais credibilidade ao golpe da venda de licenças. E se algum potencial cliente perguntar "como a sua empresa vende Windows a preço de banana se ele custa muito mais caro na loja oficial da Microsoft?", ele pode utilizar uma das tradicionais respostas absurdas a essa pergunta: "Nós compramos Windows em volume e pagamos mais barato" - algo absurdo pois a Microsoft não vende Windows "por baciada" como se fosse vender tomates em uma feira livre. Ao vender Windows online com entrega da chave de ativação via e-mail, os parceiros LEGÍTIMOS da Microsoft ganham uma pequena porcentagem. Além disso, como qualquer outro produto existe um preço mínimo de venda - e o Windows 10 que custa R$ 560 jamais poderia ser vendido a R$ 49. "Nós compramos as chaves nos EUA e lá elas são mais baratas" - outra mentira descarada, pois um parceiro Microsoft jamais pode comprar legalmente chaves de ativação em outro país para serem revendidas: ele é obrigado a comprar as licenças das distribuidoras oficiais existentes no próprio país. "Essas chaves são OEM e por isso são mais baratas" - mais uma balela, pois além das chaves de ativação OEM só poderem ser vendidas para computadores novos, o desconto dela é de no máximo 10% sobre o preço da licença normal e jamais custaria um décimo do valor dela. "Nós somos parceiros Microsoft e estamos no site de partner dela" - embora algumas empresas que vendem software pirata constam na lista de "parceiros Microsoft", eu fui informado que isso acontece quando elas compram licenças originais para se tornarem "parceiras" - e assim que o nome delas consta elas constam na lista, elas simplesmente deixam de vender licenças legais para vender apenas licenças ilegais, dando uma falsa sensação de credibilidade ao comprador. O mais curioso é que muitos sites que "vendem" essas licenças são domínios .com ou .net ao invés de ser um domínio nacional .com.br, pois o registro de um domínio nacional exige que o responsável seja identificável com nome, endereço, CPF e CNPJ, enquanto o registro de sites .com ou .net não exigem isso. E isso é ideal para quem pretende se manter anônimo ou se quiser praticar algum crime e "sumir" a qualquer instante sem ser identificado. Para piorar, muitas empresas conhecidas de comércio online utilizam "parceiros" terceirizados que vendem seus produtos na plataforma delas - e muitos desses parceiros são os mesmos que vendem chaves de ativação ilegais na internet. E como eles tentam enganar os internautas, aí estão algumas reclamações de compradores dessas empresa no Reclame Aqui: Comprei na RR Software e recebi a chave de ativação, porém a mesma não funcionava. Eu entrei em contato com a Microsoft que falava que a chave não era para usuário final e sim para instituições de ensino, então eu não ia conseguir usar mesmo, e falaram para eu entrar em contato com o vendedor para receber a chave correta. Tentei contato via email, WhatsApp, telefone, chat do site, e fui ignorado por WhatsApp, o telefone deles não funciona, email não respondem (..). Mais aqui. Funcionou até o dia 20/03/2019 quando começou a aparecer mensagens que o produto não era original. Passei vários e-mails para a Positivo Keys que pedia para eu fazer uns procedimentos no computador os quais desconheço para que servem. Mais aqui. No dia 28 de março de 2019 eu comprei uma licença vitalícia do Office 2016 na KeysDigitais.com. Mandaram o link para o download e eu fiz o download, mas ao clicar no mesmo, não instala: aparece a imagem do Cyberlink. Liguei, tentei o chat e o WhatsApp, mas ninguém responde. A TED foi feita em nome de PJ mas a nota fiscal eletrônica sai em nome de PF do Rio de Janeiro. Mais aqui. Compramos 10 CALs de usuário na Rupave, porém a Microsoft não reconhece as licenças vendidas, Microsoft: "identificamos que ainda que as chaves sejam válidas (Chaves para Estudantes), não deveriam ser distribuídas (comercializadas) da forma como foram, pois as chaves analisadas são oriundas do programa MSDN e, licenças de MSDN são proibidas de comercialização e utilização fora de seu escopo", Logo as chaves são validas mas não podem ser vendidas, então a nota emitida é de prestação de serviço, a empresa só responde por email e já tem a resposta pronta. Mais aqui. Fiz uma compra do pacote Office 2019 na TecnoSHOP através do site Magazine Luíza, sendo que no site dizia que o código q seria enviado eu poderia baixar direto do site da Microsoft, mas o site da Microsoft diz q o código é inválido e a TecnoSHOP queria q eu baixasse o arquivo de um link q me enviaram - só que não comprei para baixar de link e sim do site oficial. Eu pedi para cancelar a compra e fazer o estorno do valor pago, mas respondem sempre a mesma coisa para eu ver o link q foi enviado. Mais aqui. Comprei uma licença do Rupave do Windows 10 no dia 01/03 e quando o técnico foi instalar, deu como licença inválida. Recomendo uma consulta com a Microsoft antes de comprar desta empresa, pois você poderá ficar no prejuízo como eu. A "empresa" tem vários telefones que ninguém atende, principalmente quando você tem um problema para resolver. Mais aqui. Comprei uma licença vitalícia do Office 365 na R&R Softwarestore e não estou conseguindo instalar. Tentei todas as possíveis formas de resolver mas não consigo, sendo que a empresa R&R Softwarestore não esta mais dando suporte nesse caso alegando que é um problema incomum e sempre dizem que vão resolver no dia e não retornam! Mais aqui. Há uns 7 dias efetuei a compra de uma licença de uso do Sistema Operacional Windows 10 da Microsoft no site da Americanas.com. Todos os produtos que usamos em nossos computadores pessoais são licenciados, desde o sistema operacional até o anti-vírus. Hoje fui até a unidade dos correios para retirar minha encomenda e, ao abrir o pacote, o mesmo continha um DVD pirata, visivelmente gravado em casa, um pequeno folheto dizendo "Qualquer dúvida ou problema com o produto NÃO ABRA RECLAMAÇÃO, isso nos prejudica muito!" e uma folha de papel A4 onde encontrei um link para o download do software (Que não é da Microsoft!!!!) e telefones de várias partes do Brasil para fazermos contato. Quem nos entregou o produto foi uma empresa cuja razão social é ConceptFour Teleinformática Com. e Serv. (SÓ LICENÇAS) . Temos conhecimento que agora estas grandes lojas online são grandes portais onde pequenas lojas se cadastram para fornecer seus produtos. Mas também sabemos que isso é lucrativo para ambos os lados. Menos logística para a B2W e mais visibilidade para os pequenos. Mas a visibilidade tem seu preço: A Responsabilidade!!! Mais aqui. Fiz a aquisição de 10 licenças do Windows 7 Pro na ProgramasDigital há um ano atrás e hoje elas perderam a validade. Testei todas e todas elas estavam inválidas. Mais aqui. Eu analisei diversos "parceiros" que vendem Windows e Office nos maiores sites de comércio eletrônico brasileiros, acessando seus sites e detalhes do CNPJ das notas fiscais que eles alegam emitir e fiquei estarrecido ao notar que todos eles estavam vendendo licenças ilegais! Aí vão algumas empresas de comércio eletrônico que vendem chaves ilegais através desses parceiros: Conheça a "sede" de quem vende "licenças originais" na internet Bem, se essas empresas que vendem "licença vitalícia", "licença original com nota fiscal", "chave original" e "chave legítima" são confiáveis, então não custa nada acessar o site da Receita Federal e analisar o CNPJ delas, certo? Ali saberemos o endereço da empresa e também a descrição das atividades econômicas secundárias delas para sabermos se o foco dessa empresa está relacionada com TI e venda de software. Entre as empresas analisadas estão a Positivokeys, Rupave, Computadorespraempresa, JRlicencas, Ibiza Eletro, Spacesoftware, Kabuco, Casadachave, Caymaninformatica, Santorinieletro, Casadosoftware, G2deal, Cybersoftbrasil, RRsoftwarestore, XShopinformática, Sistemcorp, Eletroimport, Kabuco entre muitas outras. O resultado dessa análise foi um VERDADEIRO SHOW DE HORROR para quem leva a sério licenciamento e legalidade no mundo de TI: de endereços fantasmas a casas e edifícios residenciais, a "sede" dessas empresas mostra que a confiabilidade delas na compra de software original com elas é simplesmente ZERO: Mais abaixo estão imagens da sede de diversas empresas que anunciam a venda de "licenças originais" através do Google e no Mercado Livre e a atividade econômica delas, lembrando que pessoas físicas não podem vender licenças de software, e a sede não pode ser endereço residencial. O CNPJ utilizado para consulta é informado na página do site delas. As informações abaixo são públicas e disponíveis no site da Receita Federal, aonde o endereço que consta ali foi pesquisado no Google Maps e as imagens foram postadas abaixo: Infelizmente muitos "vendedores" desaparecem da internet para reaparecerem tempos depois com outras lojas online com nomes diferentes. Alguns exemplos de "vendedores" cujo sites vendiam chaves ilegais e que não existem mais: bitkeys.com.br, keydigitais.com, programasdigital.com.br, rr-informatica.com, rrkeys.com.br, e rrsoftwares.com.br. Licenças do Mercado Livre O Mercado Livre sempre foi o maior centro de pirataria no Brasil, permitindo a venda criminosa de chaves de ativação 24h por dia sem se preocupar com a legalidade do produto vendido ou a existência REAL do vendedor cadastrado. Embora o Mercado Livre tenha uma política clara que proíbe a publicação e venda de produtos que violam as leis de direitos autorais (que é o caso de pirataria de software), na prática não existe nenhuma ação proativa deles para coibir isso: a remoção dos anúncios de cópias piratas dos produtos só é realizada quando o Mercado Livre recebe alguma reclamação do autor, da empresa responsável pelo produto, ABES ou judicialmente. Isso torna-se inviável quando existem mais de 15 MIL anúncios vendendo Windows 10 pirata, conforme você vê abaixo. Curiosamente a imensa maioria dos "vendedores" está no Mato Grosso do Sul (algo que não faz sentido algum): Curiosamente existem milhares de anúncios idênticos de um único "vendedor" (MIMI2367938 de Campo Grande/MS), indicando que é aparentemente simples burlar a plataforma de vendas do Mercado Livre usando um script que cria milhares de anúncios iguais. Além disso, esse "vendedor" informa que emite nota fiscal, mas não existe NENHUMA informação dele disponível, como nome da empresa, endereço ou CNPJ dela. Mais irregular, impossível! Qualquer pessoa com um pouco de bom senso e inteligência sabe que comprar todas as licenças de software vendidas a baixíssimo custo no Mercado Livre são obviamente ilegais, pois quem as vende pode se manter no anonimato - afinal se a Microsoft bloquear a chave de ativação que você comprou, ela desativará seu Windows e você precisará obter uma chave legítima para ativá-lo – e não adianta você reclamar ao vendedor, pois ele já terá sumido do Mercado Livre. Quem trabalha seriamente com software JAMAIS vai vender no Mercado Livre, que é conhecido por ser um site sem nenhuma seriedade ou credibilidade na venda de software. Omais divertido é ver que no próprio Mercado Livre os "vendedores" tentam desacreditar outros "vendedores" utilizando argumentos risíveis. Veja abaixo alguns deles que eu encontrei enquanto eu estava criando esse artigo CONCLUSÃO ÓBVIA: NÃO COMPRE essas chaves "vendidas" ilegalmente, pois você está sendo enganando: seu Windows continuará pirata e ele poderá ser desativado no futuro - e assim que isso acontecer, o site do "vendedor" ficará offline e você precisará comprar uma chave de ativação realmente legítima e original. Como desconfiar de uma loja e qual problema existe ao comprar software pirata? Não é muito difícil identificar uma loja que tenta se passar por "revenda oficial" mas vende chaves ilegais. Algumas pistas: Domínio .com ou .net ao invés de .com.br Enquanto o registro de domínios de fora do Brasil (como .com e .net) não exige nenhuma informação real do responsável, domínios .com.br ao menos exigem CNPJ e CPF do responsável. Sites que vendem software de várias empresas Se um site vende Windows, Office, Adobe, CorelDRAW, antivírus da Kaspersky, Norton, Google Drive e outros, isso indica que o site está "chutando para todos os lados" querendo vender todo tipo de licença - algo que até mesmo grandes distribuidores não conseguem fazer por questão de logística! Sites que vendem software antigo Se a própria Microsoft e sua rede de distribuidores deixaram de vender Office 2013 e Windows 7 por eles terem sido descontinuados há muitos anos, como é possível eles estarem à venda através de vendedores desconhecidos - e a preço de banana?? Quem acredita nisso também deve acreditar que é possível comprar em 2019 um VW Golf 2014 0 Km por um décimo do preço do valor de um VW Golf atual Ausência de CNPJ ou CNPJ de outra empresa O CNPJ permite saber o nome da empresa (ou do responsável), endereço, atividade econômica (um dos exemplos das páginas anteriores mostrou que um site que vende "chaves legítimas" é uma empresa de extração de minerais!), data de abertura, entre outras infos - e com essas informações fica fácil visualizar a sede, saber se ela utiliza um endereço fantasma, etc. Descrição enche-linguiça Sites que descrevem minuciosamente porquê é confiável comprar ali utilizando textos cheios de embromação e informações irrelevantes e dispensáveis fazem isso para tentar eliminar qualquer dúvida do comprador - e esse é um sinal de perigo. As revendas de software não precisam disso pois têm um 0800 à disposição para dúvidas. Informações obviamente incorretas Alguns sites postam informações absurdas como "Nós não temos como cancelar uma compra feita, mas uma vez adquirido um software, você tem a liberdade de fazer com ele o que você quiser - inclusive vender por um preço maior que você pagou para nós. Não existe qualquer problema!" indicando que o site não conhece sequer o funcionamento básico da venda de software e chaves de ativação, pois elas são intransferíveis. Referência a MercadoPago Qualquer referência a MercadoPago (meio de pagamento do Mercado Livre) é um sinal vermelho para quem deseja comprar software original. Uso de plataformas simples como Loja Integrada Muitos sites de venda de "chaves legítimas" utilizam plataformas simples e de baixo custo como o Loja Integrada (que inclusive tem um plano gratuito). Embora essa solução seja OK para vários cenários, esse tipo de plataforma simplesmente não combina com uma empresa que deveria vender chaves legítimas de grandes corporações e dar suporte a elas. Verifique no rodapé do site: Artigos elogiando ou sugerindo acesso a sites que vendem chaves com preço "abaixo do mercado" Você também deve ter muito cuidado com lojas que indicam artigos ou vídeos elogiando-as por vender chaves com preço "abaixo do mercado", pois muitas vezes esses artigos e vídeos são patrocinados (o site ou youtuber é pago para postar e nem sempre eles informam isso) e não se responsabilizam pela compra. Um bom exemplo são os convites para aplicar esse golpe que eu recebo constantemente: "Aqui é a Scarlet da cdkoffers.com que é uma loja online que vende chaves de ativação para games e software, e queremos patrocinar um post no seu site baboo.com.br. Podemos fazer isso? Se sim, você pode me enviar uma proposta?" E qual é o problema em utilizar software pirata? A pirataria em si prejudica muito o país - e isso não é conversa-fiada, "aula de moral" nem demagogia: 1. Parte da receita provinda das vendas legais de um software aumenta o faturamento da empresa que desenvolveu-o, e essa venda gera impostos que ajudam a construir escolas, hospitais e estradas - tanto que em 2004 (15 anos atrás!) a Microsoft Brasil já pagava anualmente mais de R$ 1 BILHÃO em impostos. A pirataria só dá lucro para os criminosos envolvidos. 2. Na prática a pirataria tira o incentivo da empresa em baixar o preço do produto - e isso não se aplica somente a software. Dois exemplos REAIS disso: há uns anos eu conversei com um executivo de uma TV a cabo que me disse que a mensalidade dos pagantes seria muito mais barata se houvessem mais assinantes, mas isso não acontece por causa da pirataria dos produtos chineses que "roubam" o sinal, causando um círculo vicioso. O mesmo acontece com seguro de carros, quando eu conversei com uma executiva dessa área que me disse que mais de 30% do valor pago pelo segurado é usado para pagar prejuízos causados por golpistas. A conclusão é que quanto mais pirataria e roubo, mais caro os produtos e serviços se tornam. Isso acontece com a Microsoft, Adobe, Netflix e muitas outras empresas digitais: qual incentivo elas têm de baixar o valor dos serviços ou produtos, para ganharem mais com o aumento de clientes, se esse aumento não acontece por causa da pirataria 3. O uso de cracks e ativadores são uma das principais causas de problema de estabilidade e segurança no Windows, pois além deles alterarem o funcionamento correto dos arquivos do sistema operacional, normalmente eles incluem malwares que não são detectados pelos antivírus. Além disso, eles instalam um Serviço que pode facilmente baixar da internet e executar um arquivo sem o conhecimento do usuário - e não é à toa que os computadores dos usuários de software pirata (principalmente gamers) são os que sempre têm algum problema de instabilidade ou tela azul. Por que será? BABOO PRO 4. No caso de empresas os problemas são MUITO mais graves, pois a auditoria da Microsoft analisa a legalidade das chaves usadas na ativação, uma vez que Windows ativado não é Windows legalizado - e ao comprovar a ativação por chaves ilegais, a multa é enorme, chegando a 3 mil vezes o valor de cada cópia pirata! E não pense que a NOTA FISCAL emitida pelo "vendedor" vale alguma coisa, pois ela não tem nenhum valor legal: essa situação é a mesma de você utilizar um carro roubado, e quando a Polícia Rodoviária parar você e te informar que seu carro é roubado, você mostra para eles a nota fiscal emitida pelo ladrão achando que aquilo tem alguma utilidade Um detalhe importante é que empresa que utiliza software pirata pode ter sérios problemas com a justiça, pois a Microsoft tem dezenas de parceiros que ajudam a fazer o levantamento das licenças utilizadas - e esses parceiros contam com um departamento jurídico bastante exigente e atuante. Assim que a pirataria é comprovada na empresa, esta precisa seguir rigorosamente a orientação do departamento jurídico do parceiro ou da própria Microsoft, que dará um prazo (relativamente curto) para a empresa efetuar a única tarefa que impedirá um processo judicial: a compra do software original. Acredite em mim: não vale a pena você ou a sua empresas passar por isso! Além do stress, do alto custo advocatício e da certeza que o responsável pela compra de software ilegal será demitido, o não-cumprimento das orientações vai gerar uma multa altíssima à empresa. A Universidade Cândido Mendes é um bom exemplo disso, aonde seu prédio precisou ser leiloado para quitar uma dívida milionária com a Microsoft por causa do uso de Windows e Office pirata :( Você REALMENTE acha que a economia de algumas centenas ou milhares de reais justifica isso tudo?? Nem eu. Na próxima página você saberá onde comprar software REALMENTE original e poupar muito stress e dor de cabeça (e eventualmente o seu emprego). Então aonde comprar software original? Agora que você sabe que basicamente todas as chaves de ativação vendidas na internet são falsas, fica a dúvida? AONDE comprar chaves REALMENTE originais e legítimas? A resposta disso é óbvia: o ideal é comprar SEMPRE diretamente do site do desenvolvedor (Microsoft, Adobe, Corel..) pois além da garantia dela serem legítimas, se algum dia houver algum problema na reativação do software, você resolverá isso rapidamente diretamente com o suporte da empresa, sem recorrer a qualquer intermediário que tenha vendido a chave para você. Embora o preço possa ser um pouco mais alto, ele vale cada centavo por você ter certeza de estar comprando uma chave original que não vai te dar problemas ou dores de cabeça no futuro. Além do site do desenvolvedor, existem empresas sérias e confiáveis que trabalham há muitos anos (ou décadas) vendendo software e licenciamento, como a Brasoftware, a Officer, SND, Ingram Micro e outros listados aqui. Eu não indico a compra através dos grandes sites de e-commerce pois, como eu mostrei anteriormente, eles utilizam "parceiros" ao invés de venderem eles mesmos - e isso significa que o software dificilmente é original.
  11. O artigo abaixo foi atualizado em 2019 com informações adicionais a atualizadas deste vídeo publicado em 2017: Nesse artigo eu abordo a praga dos otimizadores de PC que há décadas iludem os usuários com funcionalidades inúteis e desnecessárias, sendo que algumas delas inclusive mais atrapalham do que ajudam em relação a desempenho do Windows. Infelizmente muitos jornalistas, gamers e youtubers utilizam e recomendam esse tipo de programa por não entenderem o funcionamento básico de alguns componentes do Windows. O resultado é o que vemos por aí: a disseminação dessas pragas, sendo que muitos usuários até mesmo jogam dinheiro no lixo comprando a versão paga dessas tranqueiras. Quando surgiram esses otimizadores? Os primeiros programas de otimização do sistema operacional surgiram há mais de 30 anos, na época do DOS, antes mesmo do aparecimento do Windows - e naquela época alguns realmente ajudavam no gerenciamento da memória RAM (como o QEMM-386), e também ajudavam a aumentar a eficiência do disco rígido, como o Stacker, que implementou compressão de dados em tempo real. Isso acontecia pois sistemas operacionais 16-bits como o DOS e Windows 3.x eram extremamente limitados, e por causa disso eles podiam ser aprimorados por aplicativos externos. Em 1995 a Microsoft lançou o Windows 95, que era um sistema operacional híbrido 16/32-bits, que foi seguido pelo Windows 98 que tinha uma essa mesma arquitetura híbrida, embora mais evoluída e robusta - e obviamente o gerenciamento de memória deles ainda era limitado, também havendo espaço para melhorias e aprimoramentos. Na época do Windows 98, alguns programas de otimização do DOS já tinham uma versão para esse Windows, embora a usabilidade desses programas era questionável pois tanto o Windows 95 quanto o Windows 98 tinham kernel de 32-bits e suportavam drivers 32-bits, permitindo maior controle da memória RAM e dos componentes do computador em geral. Como nessa época as pessoas ainda estavam acostumadas a usar “otimizadores” no DOS, elas achavam que isso também era necessário no Windows – e as empresas que desenvolveram esses produtos não perderam tempo para lançar suas versões para Windows, sendo elas úteis ou não. O resultado é que apareceram no mercado todo tipo de programa que melhorava ou otimizava alguma coisa no Windows, sendo que a grande maioria deles eram totalmente desnecessários e muitos causavam instabilidade e travamentos no Windows. Entre eles estava o SoftRAM95, um aplicativo que naquela época (24 anos atrás) já alegava que o Windows utilizava muita memória RAM e por isso ele prometia aumentar a performance dele, deixando-o mais rápido. A enganação era tanta que eles alegavam que podiam até duplicar a memória RAM disponível. Obviamente isso tudo era uma farsa e cinco meses depois do lançamento a empresa foi obrigada a tirar o produto do mercado - mas nesse período ela já tinha vendido mais de 600 mil cópias do produto, faturando 48 milhões de dólares às custas da total falta de conhecimento e bom senso do usuário. Em 2001 a Microsoft lançou o Windows XP, que era totalmente 32-bits, permitindo que ele controlasse e aproveitasse com muito mais eficiência a memória RAM, o processador e também o hardware instalado no computador. Com o sucesso estrondoso do Windows XP e o fato do seu sucessor, o Vista, ter sido lançado somente 5 anos depois, nesse período os otimizadores de PC ganhavam cada vez mais usuários que acreditavam nas promessas desses aplicativos - e novas empresas apareceram no mercado para aproveitar isso. Entre elas estavam: IOBit, empresa chinesa fundada em 2004 conhecida pelo Advanced System Care WiseCleaner, também chinesa fundada em 2005 conhecida pelo WiseCare e GameBooster GlarySoft, empresa chinesa fundada em 2004 e conhecida pelo Glary Utilities Embora tanto o Windows XP quanto o Vista tinham uma versão 64-bits, na prática foi o Windows 7 de 2009 que popularizou essa arquitetura. Por ser um sistema operacional 64-bits, o gerenciamento de memória e hardware do Windows 7 era bastante avançado, aonde nesse cenário o sistema operacional exerce um controle muito mais intenso da memória RAM, processador e do hardware instalado. Depois do lançamento do Windows 8, chegamos finalmente chegamos no Windows 10, que é um sistema operacional bastante otimizado, dinâmico e inteligente (e eu sugiro você ler meu artigo sobre Consumo de Memória RAM A FUNDO para compreender mais). Como o Windows 10 é o sistema operacional que serve de base para diversos dispositivos (desktop, ultrabook, tablets, XBOX, smartphones...), a Microsoft se preocupou em aprimorá-lo ao máximo. Além de novas funcionalidades no gerenciamento de memória, o Windows 10 foi otimizado para ter a melhor performance em qualquer cenário – tanto que em pouco mais de dois anos ele se tornou o sistema operacional mais utilizado na Steam, uma plataforma focada principalmente em games: E mesmo hoje em dia existem dezenas de programas que "otimizam" o Windows mesmo que eles sejam totalmente desnecessários! Da mesma maneira que as versões 64-bits do Windows 7 e 8.1, o Windows 10 não precisa de nenhum aplicativo gerenciando o que ele faz e “melhorando” suas tarefas para aumentar a sua performance. Quem compreende o funcionamento do Windows a fundo sabe que esses otimizadores de PC são uma farsa que continua enganando o usuário que não conhecem a fundo o Windows (ou seja, a quase totalidade da população) desde a época do Windows 98. Não é à toa que esses aplicativos são coloridos com um visual atraente e utilizando linguagem simples e direta, e listando um monte de funcionalidades para convencer que eles são úteis, pois esse tipo de marketing falacioso tem funcionado muito bem. Para mim os "otimizadores de PC" são sinônimo de "171 digital". Pense bem: você REALMENTE acha que essas empresas contratam GÊNIOS da tecnologia moderna que pesquisam por anos e fazem constantes descobertas extraordinárias para deixar o Windows mais rápido? É claro que não! Essas empresas criam um aplicativo que faz tarefas simples e desnecessárias no Windows (normalmente utilizando funções internas do próprio Windows) e distribuem uma versão gratuita para “convencer” que estão melhorando algo – mas o pior mesmo é que esses programas mostram estatísticas e informações fictícias e mentirosas, como eu vou mostrar daqui a pouco, para convencer o usuário a comprar a versão paga do produtos, que normalmente é tão inútil quanto a versão gratuita em relação a ganho de performance no Windows. A cada nova versão, esses otimizadores de PC adicionam novas funcionalidades como reconhecimento facial, proteção contra ameaças externas, proteção de privacidade, atualizações automáticas, inventário de hardware, “modo silencioso” e outras novidades que são absolutamente inúteis em relação a ganho de performance no Windows - que deveria ser a razão desses produtos existirem. Como essas empresas sabem que não há nada REAL que elas possam fazer para deixar o Windows mais rápido e eficiente, elas apelam e desviam a atenção do usuário com novas funcionalidades supérfluas e dispensáveis que não têm nenhuma relação com "otimização" do PC. Três argumentos fantasiosos desses otimizadores de PC Na prática esses “otimizadores” sempre utilizam os mesmos três argumentos fantasiosos para seduzir o usuário incauto: Limpeza e Otimização de Registro Esses aplicativos simplesmente mentem ao vender a ideia de que as chaves do Registro que não são usadas deixam o Windows mais lento ou fazem ele travar, além de “desfragmentar” o Registro do Windows, que é outra aberração. Os arquivos que compõem o Registro do Windows totalizam em média 150 MB, ou seja, ele é lido em cerca de um segundo em um disco rígido comum. Limpa-lo ou desfragmentá-lo não serve para absolutamente NADA em relação a performance, pois a grosso modo o Registro do Windows é apenas um banco de dados com as configurações do Windows e de aplicativos. Como eu já citei em outros artigos, o Registro é a "espinha dorsal" do Windows, tendo cerca de 2,5 milhões de chaves únicas com informações e configurações de arquivos, DLLs, executáveis, configurações do sistema operacional e também de todos os aplicativos instalados nele. Se algumas dessas informações são inúteis, como por exemplo configuração de um programa que foi desinstalado, mas a desinstalação dele não removeu as suas configurações no Registro, isso não vai afetar EM NADA a performance do Windows. É errado achar que remover algumas linhas do Registro deixará o Windows mais "leve" ou mais rápido, pois elas não estavam deixando o Windows mais lento - e obviamente a remoção delas não deixará o Windows mais rápido. Um detalhe final nesse primeiro item é que mesmo que o Registro esteja absolutamente perfeito depois de uma instalação limpa do Windows, esses aplicativos sempre mostram algum “erro” ou “problema” que precisa ser corrigido, enganando o usuário: Limpeza, Otimização ou Desfragmentação da memória RAM Esses "otimizadores" reforçam o conceito incorreto que “quanto mais memória RAM livre, melhor” - que é algo grotesco que eu explico em detalhes no meu artigo sobre Consumo de Memória RAM A FUNDO. Ali eu mostro que quanto mais memória RAM livre, PIOR é a performance do computador. Usando nomes atraentes como RAM Booster, Smart RAM ou Game Booster, esses aplicativos que “otimizam” a memória RAM fazem essa besteira monumental de dois modos diferentes: O primeiro é quando eles executam uma função do Windows que obriga os programas a salvarem no disco rígido os arquivos de cache que estão na memória RAM, liberando espaço na memória RAM - mas ao fazer isso o acesso a esses arquivos fica muito mais lento por agora eles estarem no disco rígido (cujo acesso é muito mais lento do que a memória RAM) do que aonde estavam antes: na memória RAM: O segundo é quando o próprio “otimizador” aumenta artificialmente a necessidade de uso memória RAM, fazendo com que o Windows salve no disco rígido arquivos que estavam na memória, liberando mais memória RAM para o próprio otimizador - e assim que o otimizador ocupa o máximo de memória RAM disponível, ele automaticamente apaga esse arquivo da memória RAM, liberando todo espaço dali para o Windows usar: Nesses dois casos o o Windows fica mais lento, pois os arquivos que estavam carregados na memória RAM agora estão no lento disco rígido. A conclusão óbvia é que é você jamais deve utilizar qualquer programa que “otimiza” a memória RAM. Reparo e correção do Windows Você realmente acha que programas que fazem isso tem algum módulo avançado que magicamente descobre se o Windows tem algum problema e repara ele automaticamente, criados pelos mesmos GÊNIOS da tecnologia moderna que eu ironizei antes? É evidente que não! O próprio Windows tem duas ferramentas que fazem exatamente isso: são os comandos SFC e DISM que eu abordei no início do meu artigo sobre as 27 soluções para o problema do disco a 100%. Se existisse alguma outra “solução mágica” para isso, não tenha a menor dúvida que a própria Microsoft implementaria essa funcionalidade no Windows, pois isso diminuiria a necessidade e custo do suporte da própria Microsoft, já que bastaria clicar em um botão para o usuário resolver qualquer problema no Windows: Mais promessas... Além desses três argumentos fantasiosos, existem outros que fazem parte desse pacote de “milagres” prometidos por esses programas: Internet mais rápida Desempenho máximo do disco rígido Otimização em tempo real Limpeza automática de cache e rastros do navegador (que se for feito continuamente o resultado será páginas da web sendo carregadas mais lentamente), Inicialização do PC até 3x mais rápido Aumento da performance de games etc. O pior de tudo é que esses programas ficam instalados na memória RAM com um monte de módulos inúteis monitorando tarefas que não precisam ser monitoradas, além de executar tarefas que atrapalham o Windows (como “limpeza a memória RAM”) deixando ele mais instável. Para completar esse teatro de horror digital, vários deles são chineses - e quem entende de segurança JAMAIS utiliza qualquer software chinês. Aliás, um detalhe curioso: as três empresas chinesas que eu citei anteriormente (IOBit, Wise e Glarysoft) escondem a todo custo o fato delas serem chinesas, pois não existe nenhuma informação disso em seus sites. Por que será? Eu sugiro você ler o meu artigo sobre antivírus chineses para você compreender em detalhes. Bem, como a internet é livre e não tem nenhum controle, sendo basicamente o Velho Oeste do século 21, qualquer um pode anunciar e vender o que quiser, pois no fundo o que interessa é apenas lucrar. Infelizmente até mesmo antivírus vendem produtos para otimizar o PC, e desfragmentadores tentam fazer o mesmo aterrorizando o internauta com informações distorcidas para que ele comprar algum produto desnecessário para resolver um problema que não existe. Embora você já notou que eu sou radicalmente CONTRA o uso de otimizadores de PC, existem algumas poucas tarefas que podem beneficiar o Windows - mas entenda que nenhuma delas depende ou exige o uso desse tipo de programa. Não existe nenhuma necessidade de transformar o Windows em um laboratório de testes, instalando todo tipo de tranqueira que promete milagres. As duas únicas tarefas que um usuário comum precisa fazer uma vez por mês para deixar seu Windows mais rápido é apagar arquivos temporários (eu sugiro o CCleaner para isso) e desfragmentar o disco rígido (eu indico o Defraggler) no mínimo a cada 15 dias. Como eu comentei no meu vídeo sobre Windows 10 LTSB/LTSC x Pro x Home, o Windows não precisa de nenhum programa para deixá-lo mais rápido ou eficiente. Enquanto um Windows "limpo" funciona com o melhor desempenho possível, conforme você vai instalando essas porcarias ele vai se transformando em uma tranqueira desfigurada realizando tarefas totalmente desnecessárias e atrapalhando o desempenho. A Microsoft tem aprimorado e melhorado o Windows sem considerar que o usuário vai instalar alguma porcaria que vai interferir no funcionamento do próprio sistema operacional. Nas próximas página seu vou comprovar porquê você não deve acreditar nas análises e resultados desses otimizadores de PC. Teste dos otimizadores de PC em ambiente controlado Eu preparei uma máquina virtual, aonde eu segui essas etapas: 1. Windows 10 Pro foi instalado 2. Todas as atualizações disponíveis no Windows Update foram instaladas 3. A Limpeza de Disco foi executada 4. O disco foi desfragmentado pelo próprio desfragmentador do Windows. Eu não instalei manualmente NENHUM driver, programa ou aplicativo, pois eu quero manter o Windows mais original possível para os testes - e como eu executei a Limpeza de Disco e desfragmentei o disco rígido, o Windows está basicamente otimizado para ser utilizado pela primeira vez. Nesse cenário não existe nenhum erro no registro, nenhum problema de privacidade (afinal eu sequer abri o Edge), e nenhuma necessidade de apagar qualquer arquivo de cache, arquivo temporário ou o que for - pois além de eu ter executado a Limpeza de Disco do próprio Windows, eu sequer trabalhei nesse computador: nenhum programa foi executado e nenhuma página da internet foi aberta. E como o Windows está pronto para ser utilizado, eu fiz um backup completo dessa VM para que eu possa restaurá-la nessas mesmas condições durante esse teste. IOBit Advanced System Care O primeiro teste foi instalar a versão mais recente do IOBit Advanced System Care Free. Ela foi instalada, eu cliquei na opção EXAMINAR e é claro que o resultado foi patético: ele encontrou inacreditáveis 1.007 problemas sendo 9 problemas de privacidade, aonde 4 deles são relacionados ao cache, histórico e sessão do Edge (sendo que o Edge sequer foi executado), além de ter encontrado 240 MB de arquivos inúteis, e, espantosamente, 381 erros no Registro. Lembre-se: esse é um Windows sem NENHUM programa externo e que NENHUM aplicativo foi instalado ou executado. Wise Care 365 Free Finalizado esse teste, eu restaurei a VM para as mesmas condições que ela tinha antes do teste, instalei o Wise Care 365 Free e cliquei na opção VERIFICAR. Além dele ter encontrado espantosos 2.717 Problemas, ele também encontrou 521 MB de arquivos inúteis, 104 problemas no Registro e 11 entradas de um histórico de navegação, sendo que nenhuma navegação foi realizada nesse Windows. Mais fictício, impossível. Glary Utilities Após novamente restaurar a VM, eu instalei e executei o Glary Utilities, que encontrou 77 problemas no Registro, 58 rastros e 184 MB de arquivos temporários, ou seja, resultados que não fazem sentido algum em um Windows instalado "do zero". Como você notou, cada otimizador de PC encontrou números totalmente diferentes de problemas, arquivos temporários, arquivos inúteis e erros no Registro, provando que nada do que eles mostram é confiável. E, já que eu sujei minhas mãos instalando essas porcarias, eu resolvi “chutar o balde” e fazer um teste final para destruir de vez a credibilidade desses programas inúteis. Ao invés de realizar testes individuais na VM, eu instalei 5 otimizadores de PC em uma mesma máquina virtual e executei todos eles. Eu testei as versões mais recentes destes produtos: Como todos estão funcionando ao mesmo tempo no mesmíssimo ambiente, sem nenhuma variável externa que possa justificar diferenças notáveis nos resultados deles, é de se esperar que esses resultados tenham pouca diferença entre si, certo? É claro que isso não acontece nos otimizadores de PC, sendo que eu criei essa tabela abaixo mostrando o resultado de cada um deles. Perceba que cada um mostrou resultados totalmente diferente dos demais, algo que JAMAIS deveria acontecer se esses programas fossem minimamente confiáveis: CONCLUSÃO: não perca tempo e muito menos dinheiro com esses otimizadores de PC, pois eles são uma verdadeira enganação. Além disso, o Windows não precisa dessas tranqueiras atrapalhando o seu funcionamento. Otimizadores em servidores e videntes Existe um cenário aonde um otimizador de CPU e de memória RAM seria fantástico e extremamente útil, aonde empresas pagariam sem pensar duas vezes nisso: em servidores. Nesse ambiente, qualquer ganho de performance é crucial e muito bem-vindo até por questões financeiras, pois isso pode evitar o gasto de milhares de dólares na substituição de um único servidor por outro mais potente, e evitar o gasto de milhões de dólares no caso de empresas que utilizam centenas ou milhares de servidores. Se houvesse algum “programa mágico”, uma “solução inovadora” ou qualquer “bruxaria tecnológica” que fizesse um servidor ficar miraculosamente mais rápido da mesma maneira que esses otimizadores prometem fazer nos computadores das pessoas, isso seria indiscutivelmente fantástico! Além disso, a empresa que desenvolveu essa solução seria considerada nada menos que brilhante e inovadora - mas obviamente isso é pura ilusão. E por que será que não existem versões para servidores desses otimizadores de PC, sabendo que seus desenvolvedores lucrariam muitos milhões de dólares todos os anos vendendo licença dos seus produtos? Por um motivo muito simples: as empresas que criam esses otimizadores de PC sabem muito bem que um bom profissional de TI não é enganado tão facilmente quanto as pessoas comuns, pois ele tem conhecimento técnico mais profundo sobre o Windows e está imune à farsa desses 171 digitais. Há décadas empresas disponibilizam otimizadores de PC somente para computadores de usuários, mantendo distância dos servidores, pelo mesmo motivo que videntes enganam milhões de pessoas comuns, mantendo distância da área científica: para não serem desmascarados 5 tarefas que você não deve fazer no seu computador Para finalizar, aí vai uma lista de 5 tarefas relacionadas a otimizadores de PC que você NÃO DEVE FAZER: Não instale nenhum aplicativo de atualização de drivers Da mesma maneira que eu comente no meu artigo sobre Consumo de memória RAM que o que deixa o Windows mais rápido não é a “economia a todo custo de memória RAM”, mas sim o uso INTELIGENTE da memória RAM, com drivers acontece a mesma coisa: você não deve instalar qualquer driver somente por ele ser mais recente. Você deve utilizar o MELHOR driver para o seu trabalho (seja uso no dia-a-dia, edição de vídeo, games, o que for...), e não obrigatoriamente o driver mais recente disponibilizado pelo fabricante. Além disso, a atualização desenfreada de drivers só porque um driver novo foi lançado é até perigoso em alguns cenários - e por esse motivo eu recomendo que você não utilize nenhum programa de atualização de drivers tipo Driver Booster, Driver Fusion, SlimDrivers, DriverEasy, DriverMax, entre outros. Eu abordo isso e muito mais no meu artigo Drivers do Windows A FUNDO. Não instale nenhum programa de monitoramento de CPU ou memória RAM A quantidade de CPU e memória RAM variam muito dependendo da tarefa que o Windows está realizando, e como tanto você quanto os programas de monitoramento não fazem ideia do motivo da CPU ou RAM estarem variando, na prática não faz NENHUM sentido monitorá-los a todo momento. Além disso, quanto mais aplicativos carregados na memória RAM que realizam alguma tarefa ininterruptamente, como esses programas de monitoramento, mais CPU e memória RAM estão sendo utilizado sem nenhuma necessidade real. Somente quando a CPU, HD ou rede estiverem constantemente atrapalhando o desempenho do Windows, daí sim obviamente algo está errado e deve ser analisado – e nesse caso o Gerenciador de Tarefas e o Monitor de Recursos do próprio Windows ajudam muito nisso. Não instale nenhum programa de “limpeza automática” Tenha muito cuidado com programas que limpam arquivos automaticamente, pois qualquer arquivo temporário, cache, cookie ou log é considerado um “problema” por esses programas - algo totalmente enganoso. Além disso, arquivos de cache são criados justamente para deixar o Windows mais rápido, e apaga-los a todo momento sem nenhum motivo real para isso apenas deixará o sistema operacional mais lento. Isso acontece, pois uma vez que o Windows cria um arquivo de cache, esse arquivo é acessado constantemente (seja na memória RAM ou no disco rígido) justamente para o sistema operacional trabalhar mais rápido - se os arquivos de cache são constantemente apagados sem nenhuma necessidade, o Windows sempre perderá tempo criando-os novamente. É por esse motivo que você não deve apagar arquivos de cache a todo instante, e agora você entende por que é um erro esses programas considerarem os arquivos de cache como “problema”. Além disso, esse é mais um aplicativo carregado na memória RAM que realiza ininterruptamente uma tarefa inútil sem trazer nenhum benefício ao usuário. Não instale nenhum “desfragmentador automático de disco” A desfragmentação do disco rígido é importante, mas você jamais precisa fazer isso constantemente. Na prática, a diferença de performance entre um disco rígido que tenha 1% de fragmentação e outro disco rígido igual com 5% ou até 10% de fragmentação é imperceptível. O fato de muitos arquivos estarem fragmentados não significa obrigatoriamente que o Windows está mais lento ou que o disco rígido trabalha mais lento, pois é perfeitamente possível um computador com um disco com 10% de fragmentação ser muito mais rápido do que um computador idêntico com um mesmo disco que tem apenas 1% de fragmentação. Você deve achar que eu estou delirando e completamente errado, mas por incrível pareça eu não estou: o mais importante não é saber QUANTOS arquivos estão fragmentados, mas sim QUAIS arquivos estão fragmentados. Um computador com apenas CINCO arquivos fragmentados pode ser muito mais lento do que outro computador idêntico com MIL arquivos fragmentados, se no primeiro computador os cinco arquivos fragmentados são acessados constantemente pelo Windows, enquanto no segundo computador os mil arquivos fragmentados são raramente acessados. Utilizar um "desfragmentador automático" de disco não vai deixar seu Windows mais rápido, mas vai causar um uso excessivo e desnecessário do disco rígido. Eu abordo o assunto desfragmentação nesse artigo, mas em geral é importante evitar que a fragmentação esteja sempre abaixo de 20%. Embora eu usualmente recomendo o uso do CCleaner para apagar arquivos temporários, é importante que a opção de monitoramento em tempo real dele (opção "Limpeza Inteligente") esteja desativada, pois agora você sabe que isso é totalmente desnecessário. Não instale nenhum programa que prometa milagres Não acredite nos exageros e milagres prometidos por programas tipo “fazer um PC antigo parecer um novo”, “internet 300% mais rápida”, “aumento de 100% na duração da bateria”, além de termos atraentes mas enganosos como “limpar a bagunça oculta”, “limpeza profunda”, “desempenho máximo” ou qualquer outra expressão que faça você achar que o seu PC lento ficará miraculosamente mais rápido. Lembre-se que empresas usam essas mesmas táticas para enganar o usuário desde o Windows 95, há mais de 20 anos. Se houvesse alguma maneira "mágica" de deixar o Windows mais rápido, convenhamos que a Microsoft já faria com que o Windows viesse com ela, né?
  12. O artigo abaixo foi atualizado em 2019 com informações adicionais a atualizadas deste vídeo publicado em 2017: Nesse artigo eu abordo em detalhes o Windows 10 Enterprise LTSC (Long Term Servicing Channel ou, numa tradução livre, Canal de Serviço a Longo Prazo) e destruo rapidamente a besteira monumental que muitos gamers e youtubers cometem ao achar que ela é a versão mais “leve e segura” do Windows 10, cometendo o gravíssimo erro de indicar seu uso para o desktop dos internautas. Em 2017 a Microsoft renomeou o Windows 10 Enterprise LTSB (Long Term Servicing Branch) para Windows 10 Enterprise LTSC (Long Term Servicing Channel). Ele continua o mesmo; apenas seu nome mudou. Edições do Windows 10 Quando a Microsoft começou a desenvolver o Windows 10, o foco dela foi criar um Windows mais seguro, rápido e adaptável do que as versões anteriores. Por causa disso, existem diversas edições do Windows 10: Windows 10 Mobile, versão descontinuada que era focada em smartphones com processadores x86 e x64 Windows 10 Home, focado no usuário doméstico Windows 10 Pro, focado no usuário que precisa mais funcionalidades do que a Home e que também funciona em dispositivos móveis ARM Windows 10 IoT, destinado para dispositivos pequenos e da Internet das Coisas que podem ter tela ou não Windows 10 Education, focado no mercado estudantil Windows 10 Enterprise, focado no mercado corporativo Windows 10 Enterprise LTSC, focado em equipamentos que não são utilizados como desktop comum ... entre outras edições que virão por aí... Atualização de Recursos Em relação especificamente a atualização de recursos, o Windows 10 é dividido em 4 níveis - os Canais de Serviço: O primeiro nível é o Windows Insider Preview, a versão mais instável do Windows 10 por ser na uma versão beta (de testes), tendo bugs, falhas e funcionalidades incompletas. Essa versão do Windows 10 é destinada exclusivamente para usuários interessados em saber o que está por vir no Windows 10, podendo testar, opinar e comentar sobre o sistema operacional e suas funcionalidades diretamente com a Microsoft, da mesma maneira que os beta-testes faziam isso no passado. Evidentemente essa versão não é indicada para o uso no dia-a-dia. O segundo nível, existente nas versões Enterprise, Home e Pro, é o Current Branch (CB), que é o Canal Semestral (direcionado). Essa canal permite que os usuários recebam atualizações de recursos e novas versões do Windows 10 (Fall Creators Update, October 2018 Update, etc ) assim que elas estiverem disponíveis. Esse é o nível default (padrão), e você pode verificar isso indo em Configurações > Atualização e segurança > Opções avançadas: Nas versões Pro e Enterprise é possível adiar a instalação automática de uma nova versão do Windows por até 365 dias. Na versão Home a instalação de uma nova versão pode ser adiada indefinidamente se a conexão da internet estiver definida como Conexão limitada. O terceiro nível está disponível apenas para usuários do Windows 10 Pro e Enterprise: é o Current Branch for Business (CBB), que é o Canal Semestral. Essa opção adia por alguns meses as atualizações de recurso que os usuários do Canal Semestral (direcionado) acabaram de receber, e ela existe para permitir que as empresas tenham mais tempo para testar essas atualizações evitando eventuais problemas que possam aparecer com elas. Muitas empresas habilitam o Canal Semestral na maioria das estações de trabalho para que esses computadores não sejam atualizados imediatamente, enquanto outras estações são configuradas com Canal Semestral (direcionado) para receberem imediatamente essas atualizações. Isso permite evitar que algum bug na versão nova do Windows afete os computadores dos funcionários. E o quarto nível é a LTSC, existindo somente em uma edição específica chamada Windows 10 Enterprise LTSC. Essa edição não recebe nenhuma atualização de versão, ou seja, ela jamais será automaticamente substituída por uma versão mais nova dela. Windows 10 LTSC: detalhes e cenários de uso Detalhes do Windows 10 Enterprise LTSC Além da LTSC não receber nenhuma atualização de versão, ela também não recebe nenhuma atualização de recurso, ou seja, ela não receberá nenhuma funcionalidade nova existente nas demais edições do Windows 10. Enquanto as demais edições do Windows recebem melhorias e correções via Windows Update, a edição LTSC recebe apenas atualizações de segurança e eventuais correções de bugs das funcionalidades existentes. Além disso, a LTSC não vem com Aplicações Modernas, Cortana, Calendário, Câmera, Edge e Loja do Windows. Essas limitações têm um motivo: essa edição não foi criada para ser utilizada no dia-a-dia de um usuário, como eu detalho mais abaixo. Como a edição LTSC jamais será automaticamente substituída por uma versão mais nova, o usuário precisará instalar uma nova versão manualmente. Enquanto usuários das demais edições do Windows 10 podem aproveitar melhorias e novidades do Windows 10 a cada 6 meses (pois a Microsoft disponibiliza duas novas versões do Windows por ano para usuários do Canal Semestral (direcionado) e Canal Semestral, usuários da edição LTSC terão acesso a essas melhorias e novidades somente a cada 3 anos, pois a Microsoft disponibiliza uma nova versão LTSC a cada 36 meses. Ao saber que a versão LTSC é uma versão mais limitada do Windows 10, jornalistas despreparados, youtubers e principalmente gamers acham (erroneamente) que ela tem um "desempenho melhor" por ser “uma versão mais leve e segura”, além de (absurdamente) considerá-la “a melhor versão do Windows 10”, “a melhor versão para PC fraco e PC gamer” (algo absurdo), entre outras conclusões sem sentido. Cenários de uso do Windows 10 LTSC A Microsoft criou a edição LTSC especificamente para cenários aonde o Windows funciona de maneira simples e limitada. Alguns exemplos: Caixa eletrônico Quiosque Caixa de supermercado Computadores funcionando como caixa registradora em loja, padaria, pizzaria, farmácia.. Computadores conectados a dispositivos médicos: tomógrafos, aparelho de ressonância magnética, etc Computadores em laboratórios Computadores ligados a equipamentos pesados em chão de fábrica Central de monitoramento de câmeras de vídeo Em todos esses cenários o uso do Windows LTSB/LTSC é usualmente restrito a uma aplicação específica sendo executada em um computador que, da mesma maneira que o próprio Windows, não é atualizado constantemente e não precisa de um "técnico de informática" prestando suporte ali. Além disso, não existe nenhuma necessidade do Windows receber atualização de aplicativos ou qualquer nova funcionalidade, pois nada disso vai aprimorar o trabalho realizado ali. Que diferença faz para um caixa eletrônico se o Cortana foi melhorado? O que um computador ligado a um tomógrafo se beneficiará com um novo Menu Iniciar? Que vantagem terá um computador que monitora câmeras de vigilância ou um quiosque de informação de shopping se o Windows 10 tem uma nova funcionalidade que facilita a conexão com XBOX? Nenhuma! Por esse motivo existe a edição LTSC: ela foi criada especificamente para cenários aonde novas funcionalidades e melhorias do Windows 10 nunca serão instaladas, apenas mantendo o sistema operacional seguro e estável por continuar recebendo normalmente atualizações de segurança e correção de bugs. Windows 10 LTSC: pirataria Windows 10 LTSC: pirataria via YouTube Como o Windows 10 LTSC é destinado exclusivamente para o mercado corporativo, ele não está à venda para o consumidor final nem para empresas comuns: apenas empresas com contrato de Software Assurance têm acesso ao Windows 10 LTSC. Infelizmente muitos youtubers oportunistas fazem tudo para ganhar popularidade entre os internautas - incluindo incentivar o crime ao sugerir o uso ilegal da edição LTSB/LTSC através de cracks e ativadores em troca de likes, joinhas e assinantes, se lixando para ética e legalidade, uma vez que a pirataria é um crime de direitos autorais previsto na lei brasileira. Além disso, o próprio incentivo ao crime é ilegal: o artigo 286 do Código Penal informa claramente que o crime de incentivar, estimular, publicamente, que alguém cometa um crime e prevê pena de detenção de 3 a 6 meses e multa. Para que o crime seja caracterizado é necessário que o incentivo seja feito de forma pública e direcionado a pessoas indeterminadas - exatamente como esses youtubers fazem. Windows 10 LTSC: pirataria também em sites e lojas online Para piorar, algumas lojas online "vendem" a edição LTSC (inclusive fornecendo nota fiscal) garantindo que ela é "original" - algo simplesmente fantasioso! Elas aproveitam a falta de conhecimento do internauta, que "compra" essa versão sem saber que seu Windows continuará pirata mesmo se ele for ativado - afinal Windows ativado não é Windows legalizado. Embora a edição LTSC possa ser baixada diretamente no site da Microsoft, essa versão só pode ser testada por 90 dias. A partir daí ela é considerada pirata. Entenda que quem ativa o Windows de maneira ilegal utilizando cracks, ativadores ou chaves de ativação ilegais normalmente não sabe que o fato dele estar ativado não significa que ele é legalizado: quando houver uma fiscalização na empresa, todo software que não tiver nota fiscal e chave de ativação legítima (fornecida pela Microsoft ou revenda autorizada) é automaticamente considerado pirata. Como a edição LTSB/LTSC não não pode ser comprada por pessoas ou empresas (apenas empresas com contrato de Software Assurance têm acesso ao Windows 10 LTSC, conforme eu citei acima. Quem alega usar uma versão LTSB/LTSC "original" foi enganado, pois TODAS as chaves de ativação do Windows 10 LTSB/LTSC que são "vendidas" na internet FORAM OBTIDAS ILEGALMENTE: elas foram roubadas de empresas ou são chaves de ativação que não podem ser vendidas por serem de parceiros, MSDN, são chaves previamente utilizadas em alguma empresa, etc. Isso inclui principalmente o conhecido golpe da "licença original", "licença vitalícia", "licença key chave original" e outros termos inventados pelos bandidos "vendedores" do Mercado Livre que praticam há anos com todas as versões do Windows, Office e outros programas. Essas licenças são totalmente ilegais - e fornecer uma nota fiscal dela não muda isso em nada, pois é o mesmo que comprar um carro roubado e achar que ele é "legítimo" pois o criminoso forneceu uma nota fiscal de venda do carro roubado(!) Esses "vendedores" inventam desculpas absurdas como "nós compramos licenças em lote e por isso ela é barata" ou "essas licenças são adquiridas nos EUA pois lá são mais baratas" enganando muitos internautas e empresas, que compram essas chaves de ativação sem saber que estão jogando dinheiro no lixo com licenças que não valem nada e o software ativado ilegalmente continua sendo considerado pirata. E quando essas chaves de ativação roubadas e revendidas por esses "vendedores" entram em um banco de dados de chaves de ativações ilegais da Microsoft, uma atualização baixada pelo Windows Update desativa o Windows, como já aconteceu desde o Windows XP. Nesse caso o usuário precisa ativá-lo com uma chave de ativação legítima, mas ao contatar o "vendedor" do Mercado Livre, ele percebe que este desapareceu... Windows 10 LTSC: desktop, consumo de memória RAM e conclusão Windows 10 LTSC no desktop Além da total ilegalidade no uso do Windows 10 LTSC no desktop, o usuário dessa edição não aproveita as novidades e melhorias existentes nas demais edições do Windows 10. Algumas novidades disponíveis no Windows 10 que não existem nas versões LTSB/LTSC e que não podem ser instaladas via site Catalog da Microsoft: Windows Sandbox Criação de uma área de trabalho virtual temporária e isolada que possibilita a execução de aplicativos sem afetar o sistema operacional, sendo ideal para executar programas desconhecidos. Saiba como usá-lo. Cortana separada do Search No Windows 10 1903 a Cortana é um processo independente do Windows Search (eu detalho isso aqui). Uma das maiores reclamações dos usuários do Windows 10 é que a Cortana é a própria pesquisa (search) do Windows, existindo em todas as edições para desktop do Windows 10 - inclusive LTSB/LTSC: Menu Iniciar rodando em processo próprio No Windows 10 1903 o Menu Iniciar é executado em um processo próprio, evitando que qualquer aplicativo bugado impeça o seu funcionamento: Solução de problemas recomendada Essa funcionalidade corrige automaticamente problemas críticos do Windows caso eles existam: Desinstalação automática de updates problemáticos O Windows 10 1903 tem uma nova funcionalidade que permite que o sistema operacional automaticamente desinstale alguma atualização que esteja causando algum problema na inicialização dele, sem que o usuário precise fazer isso manualmente. Ajuste automático do horário ativo para download e instalação de updates Essa novidade permite que o Windows detecte qual é o horário que o computador costuma ser utilizado, evitando que novas atualizações sejam baixadas e instaladas Power Throttling Essa novidade disponibiliza mais CPU para programas e jogos sendo executados em primeiro plano, pois ela aproveita a CPU destinada aos programas em segundo plano que não estão utilizando-a. Para piorar, se por exemplo a Microsoft implementar uma novidade nas próximas versões que faz com que o Windows 10 utilize menos CPU e memória RAM, quem estiver utilizando o Windows 10 LTSB/LTSC não receberá essas melhorias ou qualquer outra melhoria no Windows 10, pois elas não são relacionadas a bug ou segurança: elas são atualizações de recurso que não estão disponíveis para o Windows 10 LTSB/LTSC. Muitos acham que poderão instalar qualquer componente ou funcionalidade das edições Home ou Pro do Windows 10 na edição LTSB/LTSC utilizando o site catalog da Microsoft, mas isso é ficção. O site Catalog da Microsoft só tem atualizações que a Microsoft aprova para suas edições, e obviamente as funcionalidades existentes nas novas versões do Windows inexistem ali pois elas estão integradas ao sistema operacional - e a única maneira de obtê-las é instalando uma nova versão do Windows. A conclusão é que toda e qualquer melhoria que o Windows 10 tiver para deixá-lo mais rápido ou completo não será disponibilizado para quem usa a versão LTSB/LTSC. Alguns internautas vão além, alegando que o Windows 10 LTSC é uma versão "pura" do Windows sem as "tranqueiras" das Aplicações Modernas existentes nas demais edições e por isso ele é "melhor e mais rápido". Eles também erram feio nisso: neste artigo sobre Windows 10 LTSB x Pro x Home eu mostro que além do desempenho ser o mesmo, a edição LTSB tem 6 mil arquivos a mais do que a edição Home pois esses internautas esquecem que o Windows 10 LTSB na verdade chama-se Windows 10 Enterprise LTSB e vem recheado de "tranqueiras" corporativas que eles nunca usarão Para mim a definição perfeita de burrice é insistir por vontade própria praticar um crime (pirataria) para utilizar um Windows 10 desatualizado (LTSB/LTSC) que foi criado para ser utilizado em caixas eletrônicas! Consumo de memória RAM no Windows 10 LTSC Lamentavelmente muitos gamers e youtubers sugerem o uso da versão LTSC pois "ela consome menos CPU e memória RAM". Nada mais errado do que isso: o consumo é simplesmente O MESMO das demais versões, pois as funcionalidades removidas não afetam EM NADA consumo de CPU e a diferença de uso de memória RAM é imperceptível. Na prática, quem utiliza o Windows 10 Pro, Home ou LTSC tem o mesmo consumo de CPU e memória RAM: abaixo você tem uma imagem mostrando o Windows 10 Pro à esquerda e o Windows 10 LTSB à direita, ambos instalados “do zero” e com todas as atualizações disponíveis - e você nota que o consumo de ambos é obviamente o mesmo. Outro detalhe importante é que, ao contrário do que muitos acreditam, “economizar memória RAM” não significa que o seu computador vai rodar mais rápido, pois o que importa mesmo é o uso INTELIGENTE da memória RAM – e jamais ECONOMIZAR memória RAM a todo custo achando que quanto menos memória RAM usar, melhor. Eu abordo isso em detalhes nesse artigo. Outro erro comum é achar que o Windows 10 LTSB/LTSC não vem com a Cortana. A imagem abaixo mostra isso, pois Cortana é o Windows Search, conforme eu detalho aqui. CONCLUSÃO Você já percebeu que o Windows 10 Enterprise LTSC NÃO É focada para o usuário comum e NÃO DEVE ser utilizado pelo usuário comum – principalmente por gamers que acham que estão “com a melhor versão do Windows” quando eles estão justamente com a PIOR versão para jogos. Um detalhe final é que a falta de bom senso no uso do Windows 10 LTSC/LTSB é tanta que a própria Microsoft publicou um artigo para as pessoas não instalarem essa edição no Surface, que é um dispositivo híbrido notebook/tablet, pois essa versão remove o suporte a caneta aplicações para telas sensíveis ao toque, comprometendo o uso dele. E aí? Você REALMENTE acha inteligente usar o Windows 10 LTSC no seu computador? Nem eu Que mais? Leia também meu artigo sobre LTSB x Pro x Home aonde eu comparo o desempenho dessas três edições.
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