Como escolher um antivírus? Pois todos antivírus alegam ser o “melhor do mercado”, mas isso está longe da verdade pois nem todo antivírus é uma boa solução.
Desde o aparecimento dos primeiros antivírus, tem havido discussões para saber qual é o melhor antivírus: se existem dezenas de antivírus no mercado, como escolher o ideal para você?
Infelizmente muitos escolhem o antivírus pelos MOTIVOS ERRADOS:
Isso é ótimo, mas isso não significa que ele seja o melhor antivírus do mercado e uma boa opção para você ou sua empresa. Motivos disso:
Testes de laboratório como os realizados pela AV-Comparatives , AV-Test , VB100 e MRG-Effitas são testes estáticos realizados com centenas ou milhares de arquivos maliciosos, algo que não tem muita representatividade diante dos mais de 4 BILHÕES de vírus existentes, além de aparecerem mais de 400 MIL novos malwares todos os dias.
Estes testes de laboratório são realizados na Europa e Estados Unidos, e não levam em conta malwares locais – algo importante para usuários brasileiros que precisam se proteger contra malwares que alteram boleto, PIX e acesso aos bancos brasileiros. Nenhum teste de laboratório testa antivírus contra esses malwares.
Os resultados desses testes podem mudar a cada hora por causa da atualização constante do banco de dados dos antivírus. Com isso, se um mesmo teste de antivírus for realizado de manhã, à tarde ou à noite, ele pode gerar resultados totalmente diferentes por causa da atualização do banco de dados de malwares realizada diversas vezes em cada um desses períodos.
Um excelente exemplo disso é o antivírus Avast: embora ele tenha ótimos resultados nos testes de antivírus e ele é o antivírus mais utilizado no Brasil, os usuários brasileiros estão entre os usuários que mais sofrem com malwares e ransomwares. Se o Avast é tão eficiente quanto os testes de laboratório mostram, os usuários brasileiros teriam muito menos problemas e prejuízos.
O fato de um antivírus ser o mais utilizado ou ser o mais conhecido do mercado não significa que ele seja o melhor. Historicamente o antivírus gratuito da Avast é o mais utilizado no Brasil, ao mesmo tempo que o Brasil é um dos países que mais sofre com malwares . O mesmo acontece nos Estados Unidos, país que mais sofre com malwares, onde soluções da McAfee e Norton dominam o mercado.
Se um antivírus mais eficiente dominasse o mercado, certamente os usuários desses países teriam menos problemas e prejuízos com malwares.
Para um antivírus ser eleito “o melhor”, ele deve ser exaustivamente testado por meses NO MUNDO REAL tanto por usuários domésticos quanto corporativos, pois somente dessa maneira é possível garantir que ele foi eficiente e impediu infecções por malwares – mas nenhum site ou youtuber faz isso.
O que sites e youtubers fazem são testes simples sem nenhuma validade prática, ou então listam o resultado dos testes da AV-Comparatives , AV-Test , VB100 e MRG-Effitas que eu citei acima.
NENHUM dos motivos acima deve ser utilizado para escolha de um antivírus. A escolha de um bom antivírus deve ser feita pelos MOTIVOS CORRETOS:
Alta taxa de detecção de malware é o que define se um antivírus é eficiente ou não: o antivírus com alta taxa detecta e bloqueia a imensa maioria dos malwares.
Cada empresa de antivírus utiliza uma metodologia própria para testar os antivírus, então o resultado dos testes são únicos e diferem entre si, ou seja, se um determinado antivírus teve um ótimo resultado nos testes de uma dessas empresas, isso não significa que ele também foi ótimo no resultado de outra.
Além disso, um antivírus que teve um ótimo resultado em um determinado teste pode ter um resultado pior no mesmo teste realizado meses depois, pois os resultados variam muito durante o ano. Com isso, você jamais deve escolher um antivírus baseado em alguns testes.
O melhor antivírus é aquele que se sai muito bem continuamente na maioria dos testes realizados, uma vez que jamais haverá um antivírus capaz de detectar 100% dos malwares em todos os testes.
A quantidade de falso-positivo é fundamental para manter a credibilidade do antivírus.
O falso positivo acontece quando o antivírus detecta um programa ou arquivo como malicioso, quando na verdade ele não é.
Isso é relativamente comum quando um programa contém alguma função, código ou script interno que realiza alguma tarefa considerada potencialmente danosa ao computador.
Quando um antivírus tem uma quantidade muito alta de falso positivo, ou seja, ele detecta erroneamente arquivos legítimos como maliciosos, o usuário aos poucos deixa de acreditar no antivírus pois ele pensa “bem, o antivírus errou nas últimas 5 vezes então agora também deve estar errado” – e isso é a receita para o desastre.
O preço de um antivírus é um fator importante, pois não adianta um antivírus ser extremamente eficiente, mas ter um preço exorbitante que impeça a sua compra ou a renovação da sua licença.
Além disso, um antivírus gratuito JAMAIS terá o mesmo nível de proteção da versão paga dele – então se você pretende aumentar ao máximo o nível de proteção do seu PC, você deverá utilizar uma solução paga.
Ao escolher um antivírus, isso torna-se ainda mais importante nas micros e pequenas empresas, pois elas precisam comprar várias licenças para seus computadores e notebooks.
Embora financeiramente o ideal seja utilizar um antivírus gratuito, essa escolha tem duas limitações que devem ser consideradas:
- Antivírus gratuitos têm menos opções de proteção em comparação com as suas versões pagas, limitando o seu nível de proteção. As versões pagas têm módulos e funcionalidades adicionais muito importantes.
- Alguns antivírus gratuitos só podem ser utilizados em ambientes domésticos, pois a sua licença de uso proíbe seu uso em ambientes corporativos.
O ideal é que o antivírus mostre apenas uma mensagem quando algum vírus foi detectado e apagado: todas as demais informações (sugestões, boletins, propagandas, notícias e atualizações) devem ter opção para serem desabilitadas.
Quando menos o usuário perceber o funcionamento do antivírus, melhor, pois isso permite que ele não perca o foco no trabalho que ele está realizando.
Além disso, o antivírus não pode depender de qualquer ação do usuário: ele precisa solucionar automaticamente as ameaças de segurança sem incomodar o usuário. Isso é diferente do parágrafo anterior, pois ali o antivírus fica informando o que está acontecendo, sendo que neste caso o antivírus não deve perguntar o que fazer.
Não é função do usuário (que usualmente não entende a fundo sobre segurança digital) definir o que o antivírus deve fazer ou não: é o antivírus que deve decidir isso.
Um detalhe importante é que se o antivírus for implementado em uma micro ou pequena empresa, é importante que ele tenha uma opção de gerenciamento remoto das estações – sendo preferencialmente via web.
Essa funcionalidade é muito importante ao escolher um antivírus para micros, pequenas ou médias empresas.
Isso permite que o responsável pelos computadores da empresa consiga controlar todos os antivírus de todas as estações de trabalho de um único local – incluindo atualizá-los, executar uma varredura completa e analisar eventuais problemas.
Para mais informações sobre os melhores antivírus do mercado, leia este artigo.