Windows x Linux
Atualizações de 2021:
Adição do uso do Windows pela SpaceX e Blue Origin
Adição sobre uso do Linux em computadores lentos e antigos
Atualizações de 2020:
RedHat informa sobre a necessidade de uso de antivírus no Linux
Windows não precisa ser comprado, pois já vem em computadores e notebooks
Linux também vem pré-instalado em computadores e notebooks, acabando com o argumento de “venda casada” com Windows
Desde os anos 90 eu tenho discutido Windows x Linux com defensores do Software Livre, pois eles são extremamente críticos ao Windows e eu considero importante conhecer a linha de raciocínio e argumentos que eles utilizam ao criticar o sistema operacional em que eu sou especialista.
Naquela época eles já acreditavam em argumentos (que para mim fora do ambiente técnico eles eram fantasiosos) que justificariam o uso do Linux ao invés do Windows no desktop.
E hoje em dia, mais de duas décadas depois, o uso do Linux continua irrelevante no desktop com um market share eternamente estagnado – e isso pode ser explicado com bastante facilidade!
Por que um sistema operacional gratuito falhou em substituir o Windows e porquê isso não mudará no futuro?
Quais argumentos fantasiosos os defensores do Linux utilizam para defender esse sistema operacional e/ou criticar o Windows?
Por que qualquer discussão Windows x Linux no desktop é tecnicamente inútil?
Esse artigo reúne informações de centenas de horas dedicadas nos últimos anos em discussões Windows x Linux no meu site, no fórum e na área de comentário dos vídeos do meu canal do YouTube.
Eu pretendo que esse artigo seja uma referência na internet brasileira a todos usuários interessados SERIAMENTE na questão Windows x Linux que acontece no MUNDO REAL fora do ambiente demagógico e fantasioso de sites pró-Linux e pró-Software Livre.
As páginas deste artigo servem como repositório de informações reais e atualizadas com links idôneos (Linux Foundation, Oracle, RedHat…) que dão total credibilidade às informações postadas, contradizendo com EXEMPLOS E FATOS REAIS muitas informações incorretas disseminadas por defensores do Linux e sites de Software Livre.
Estamos em 2020 e não 1998, e qualquer discussão Linux x Windows é inútil sob o ponto de vista de qual é o melhor ou mais seguro.
Windows x Linux: nas páginas anteriores você aprendeu que nenhum sistema operacional é 100% seguro e que servidores Linux das principais distros e da própria Linux Foundation foram invadidos, além do Linux ser infectado por malwares como qualquer outro sistema operacional – então argumentar que “Linux é melhor que Windows” ou que “Linux é seguro” não faz sentido no mundo real.
Além disso, eu detalhei vários motivos de porquê usuários de Windows não migram para Linux mesmo que esse sistema operacional seja gratuito.
Além disso, para o melhor sistema operacional se tornar a melhor SOLUÇÃO para uma empresa, é preciso levar em conta o workflow (processos de trabalho) existente na empresa: de nada adianta você implementar um computador com Linux em um ambiente que só tem computadores com Windows e esperar que todo processo de trabalho funcione sem falhas. Por esse motivo os exemplos no item Usabilidade e Compatibilidade são tão importantes.
Eu acho divertido ler comentários de usuários de Linux que garantem que ele “funciona muito bem” para ele, esquecendo que a solução adotada em um cenário doméstico não pode ser comparada com a adoção em cenários muito maiores e mais complexos.
Ao meu ver, o maior problema nas discussões Linux x Windows é que muitos linuxers acreditam cegamente em uma ideologia imutável (igual a qualquer seguidor religioso) e jamais aceitarão que o sistema operacional que eles veneram está muito longe de ser tão “superior” ao Windows quanto eles imaginam – e provas disso é o que não falta, conforme as dezenas de links idôneos que eu postei nesse artigo com fatos do mundo real comprovando isso.
Microsoft apoia Linux e Software Livre
O mais importante é que há muitos anos a Microsoft deixou de se focar apenas em seus produtos, tornando uma empresa com soluções para outras plataformas e incentivando a interoperabilidade.
Curiosamente no passado a Microsoft vendia seu próprio UNIX (o XENIX), e em 1989 o Word 1.0 tinha versão para MS-DOS e UNIX.
A interoperabilidade da Microsoft começou “na marra” em dezembro de 1997, quando ela comprou o Hotmail por US$ 450 milhões e iniciou a difícil integração dele com os serviços existentes da MSN daquela época: enquanto os servidores da Microsoft utilizavam Windows NT, no front-end o Hotmail utilizava uma solução híbrida que envolvia FreeBSD rodando sob UNIX, e no back-end ele usava Sun Solaris rodando sob SPARC, ou seja, NADA de Microsoft ali.
Como uma simples migração de plataformas era impossível, nos anos seguintes o Hotmail se tornou o primeiro ambiente multiplataforma na Microsoft, aonde eram testadas novidades e melhorias no próprio Windows (principalmente no IIS, gerenciamento de memória, componentes de rede, TCP e segurança) para ele trabalhar em conjunto com outros sistemas operacionais.
O resultado disso é que a migração final do Hotmail para Windows Server 2003 e SQL Server aconteceu em 2004, mas desde então o trabalho focado em interoperabilidade e multiplataforma não parou.
Em 2006 a Microsoft fechou uma parceria com a Novell (dona da SUSE naquela época) que envolvia suporte na virtualização do SUSE Linux Enterprise Server, além da integração do Active Directory com o eDirectory da Novell e aumentar a interoperabilidade entre os formatos OpenXML (do Office) e OpenDocument (do OpenOffice). Em 2011 essa parceria foi renovada quando a SUSE já havia sido comprada pelo The Attachmate Group.
Em 2012 a Microsoft já tinha um dos maiores laboratórios de open-source do planeta e o Azure já suportava nativamente várias distros Linux, sendo que nesse mesmo ano a Microsoft foi uma das maiores contribuidoras para melhorar o kernel do Linux. Nesse mesmo ano a Microsoft se juntou à NetApp e Citrix para permitir que o FreeBSD rodasse nativamente no Hyper-V investindo tempo e dinheiro nisso – tanto que em 2016 a versão 10.3 do FreeBSD continha diversas melhorias criadas pela Microsoft e ele se tornou disponível no Azure.
Em 2016 a Microsoft anunciou o SQL Server para Linux, além de se tornar parte da própria Linux Foundation, uma organização sem fins lucrativos que inclui diversas empresas interessadas no crescimento e na padronização do software livre
Em 2018 ela se uniu à OIN (Open Invention Network), um grupo de mais de 2.400 empresas que concordaram em licenciar gratuitamente suas patentes para o “Sistema Linux”, uma coleção de projetos que inclui o kernel do Linux, diversas ferramentas e utilitários utilizados no Linux e boa parte do Android. Com isso, ela basicamente “doou” 60 mil patentes que poderão ser utilizadas no sistema operacional Linux.
A Microsoft disponibilizou recentemente o código-fonte da Calculadora do Windows 10, além de ter criado o Azure Sphere OS e o Azure Cloud Switch para complementarem os serviços do Azure, sendo que nos últimos anos ela tem tornado Software Livre vários produtos e tecnologias como o ASP.NET, .NET Core, TypeScript, PowerShell e muitos outros exemplos citados aqui.
Até mesmo a premiação MVP da Microsoft inclui diversos profissionais altamente qualificados em plataforma híbridas que criam artigos e vídeos abordando a interoperabilidade Windows / Linux / UNIX, como por exemplo esse ótimo vídeo do MVP Paulo Sant’anna abordando Servidores Linux e Unix em ambientes Microsoft:
Como você pode ver, ao contrário de Steve Ballmer (ex-CEO da Microsoft que em 2000 considerou que o Linux era comunista e em 2001 disse que Linux era um câncer), há muitos anos a Microsoft tem se beneficiado e lucrado com o Linux (principalmente sob Azure) – e com Satya como CEO isso tornou-se ainda mais evidente.
Conclusão
A conclusão desse artigo é que discutir Linux x Windows é basicamente inútil, e que no mundo real (longe dessas discussões teóricas e filosóficas) o Linux está longe de ser tão seguro quanto seus defensores pregam e a catequese dos linuxers é inútil por vários motivos que eu citei anteriormente.
Sobre o Linux no desktop, que é basicamente o foco desse artigo, eu comprovei com facilidade que o fracasso descomunal do Linux no desktop não é uma questão técnica, mas sim mercadológica – e isso não vai mudar nos próximos anos. Enquanto linuxers e defensores do Software Livre alegam que “existem distros que substituem o Windows”, eles esquecem que isso é irrelevante para o usuário final, pois o impedimento do uso delas não muda há décadas: o foco delas é no sistema operacional ao invés dos programas.
Eu finalizo esse artigo com a frase que eu postei centenas de vezes em diversas discussões Windows x Linux: enquanto Linux é apenas um sistema operacional, Windows é uma SOLUÇÃO para o usuário de desktop que pode usar ali tudo que quer, gosta e precisa – e não é à toa que milhões de usuários continuam preferindo usar Windows XP de 2001 ou Windows 7 de 2009 do que qualquer distro Linux de 2020.