Nesse vídeo eu detalhar o funcionamento do Windows Update e porquê ele SEMPRE deve estar ativado para manter seu Windows rápido, estável e seguro.
Quando você utiliza o seu computador ou notebook, você espera que tudo funcione perfeitamente sem nenhuma falha ou problema – e para que isso aconteça, tanto o hardware (que é a placa-mãe, placa de vídeo, HD, SSD, etc.) quanto o software (que é o sistema operacional, os programas que você utiliza e também os drivers, que são a interface entre o software e o hardware), eles não podem apresentar problemas.
Mas isso é utópico e basicamente impossível porque quando você está usando o seu computador, milhares de componentes internos de hardware estão funcionando em sincronia, ao mesmo tempo que dezenas de milhões de linhas de código do sistema operacional e dos programas também estão sendo executados.
E essa combinação infinita de possibilidades sempre resulta em algumas situações aonde algo não funciona como esperado – e quando isso acontece é necessário a análise dessa situação específica para descobrir o motivo do problema, solucionar esse problema, e enviar essa solução para todos os usuários.
Desta maneira todos os usuários que têm esse problema não terão ele novamente, enquanto os usuários que não tem esse problema jamais terão ele porque essa correção impede que esse problema aconteça.
E isso acontece com TODOS os sistemas operacionais, seja Windows, Linux, Macos, Android, iOS, etc.
No Windows isso tudo funciona de uma maneira bastante simples: sempre que algum componente de hardware ou algum software apresente um erro qualquer (mesmo que esse erro não seja notado pelo usuário, embora esse erro seja salvo no Visualizador de Eventos), a telemetria do Windows detecta isso e envia todas as informações técnicas relacionada a esse problema para os servidores da Microsoft.
Obviamente nenhuma informação pessoal é enviada porque ela é inútil e irrelevante para isso, uma vez que para a Microsoft tanto faz se o problema ocorreu no computador do João ou da Maria. O importante é que o problema existe e precisa ser corrigido independentemente de quem esteja usando o computador.
E ao receber as informações técnicas do problema, a Microsoft analisa o cenário em que isso aconteceu, daí ela identifica o motivo do problema e trabalha na correção dele. E quando essa correção está pronta para ser enviada para os usuários, ela se torna uma ATUALIZAÇÃO que recebe um código específico que começa com KB (que é o Knowledge Base, ou Base de Conhecimento) seguida de sete dígitos.
Isso é necessário porque cada KB pode incluir centenas de arquivos que substituirão os arquivos existentes no computador do usuário, e no site da Microsoft cada KB tem uma página detalhando as correções que ele inclui, e também um arquivo .csv com a lista dos arquivos relacionados com essa KB. Toda atualização ou correção do Windows recebe um KB, exceto drivers de periféricos, que normalmente não têm KB porque os arquivos alterados por eles não incluem arquivos do sistema operacional.
O Microsoft Defender (que é o antigo Windows Defender que ganhou esse nome a partir de setembro de 2020), ele faz parte do Windows 10,
e ele recebe várias atualizações diárias que são necessárias para aumentar seu nível de proteção, que tem o nome de Atualização de Inteligência de Segurança,
e se cada uma dessas atualizações tivesse um KB único, haveriam milhares de KB todos os anos.
Felizmente a Microsoft considerou isso desnecessário, e com isso todas as atualizações do Windows Defender estão reunidas em um único KB, o 2267602,
aonde cada versão dele inclui novas definições de malware e atualização de definições de malwares já existentes. Além disso a Microsoft criou uma página específica para isso, que fica no endereço WDSI / defenderupdates, aonde WDSI são as iniciais de Windows Defender Security Intelligence.
Ali estão informações úteis como a versão mais atual e também os links para download do Microsoft Defender e outras aplicações de segurança da Microsoft,
além de um link listando os novos malwares que são detectados pelo Defender, além da lista de atualização de detecção de malwares existentes
(quando aparece uma nova variante dele, por exemplo)
Inclusive você pode baixar qualquer atualização KB e drivers disponibilizados via Windows Update diretamente no site do Catálogo Microsoft Update, mas de nada adianta a Microsoft disponibilizar essas atualizações se o usuário NUNCA vai baixa-las manualmente no site do Catálogo Microsoft Update, então o ideal é que o próprio Windows do usuário faça o download e instale esses arquivos – e é por isso que existe o Windows Update.
Muitos acham erroneamente que o Windows Update serve apenas para instalar atualizações do Windows e muitos choramingam quando isso acontece porque o Windows Update “atrapalhou” o jogo dele ou alguma atualização foi baixada e criou algum problema – e com isso eles fazem a MÃE DE TODAS AS BOBAGENS que é desabilitar o Windows Update utilizando programinhas para isso, já que não é possível desabilitá-lo por completo através do próprio Windows.
Infelizmente muitos técnicos de informática totalmente desqualificados usam o YouTube incentivam isso de maneira irresponsável sem se preocupar com as consequências disso, pois o que interessa MESMO é se manter “popular” no YouTube em troca de likes, joinhas, assinantes, beijinhos e afagos dos internautas.
Desabilitar o Windows Update é uma das coisas mais IDIOTAS que alguém pode fazer
Quem faz isso deveria ser impedido de trabalhar com TI pois são aberrações como essa que mantêm o Brasil como um dos países com mais problemas de segurança digital – e quem sofre com isso são usuários e pequenas empresas que têm prejuízos por causa disso.
E o que eu vou falar agora pode ser novidade para o mercado informal ou pra micros e pequenas empresas, mas é um importante alerta para qualquer profissional de TI que trabalha de maneira irresponsável.
Quando um profissional de TI de uma grande empresa toma uma decisão consciente totalmente errada que causou sérios prejuízos, esse profissional não é somente demitido: a empresa que sofreu prejuízo entra com um processo civil contra o profissional exigindo ressarcimento do prejuízo causado.
Ela faz isso baseada no artigo 186 do Código Civil, que diz claramente que
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Um exemplo simples disso acontece quando uma empresa perde arquivos importantes e o responsável de TI (funcionário ou terceirizado) não implantou nenhuma rotina de backup, fazendo com que a empresa tenha sérios prejuízos por causa dessa imprudência.
O mesmo acontece quando o responsável de TI conscientemente impede que o Windows seja atualizado desabilitando o Windows Update, fazendo com que ele esteja vulnerável contra ataques externos que aproveitem alguma vulnerabilidade dele. Isso é um ato ilícito, ou seja, é um CRIME, sendo a definição perfeita da omissão voluntária, negligência e imprudência, ou resumindo em duas palavras, estupidez total.
Eu espero que esses profissionais, (que na prática não são profissionais em nada porque eles são meros “formatadores de Windows” que também ganham dinheiro montando PC e vendendo hardware e que se consideram técnicos, mas nunca estudaram nada), eles amadureçam e compreendam que praticamente todas as empresas do mercado dependem do Windows para funcionar corretamente.
Isso faz com que eles tenham a OBRIGAÇÃO, o COMPROMETIMENTO e a RESPONSABILIDADE de manter o Windows sempre estável, rápido e seguro para benefício não só da própria empresa, mas também de todos os funcionários que dependem dela – e por isso esses profissionais devem se manter longe das gambiarras e bobagens ensinadas por gamers e youtubers IRRESPONSÁVEIS que estão se lixando para as CONSEQUÊNCIAS das asneiras que eles ensinam.
Eu cansei de ver o que técnicos de informática sem nenhuma qualificação fizeram nos computadores de algumas empresas – e quando as besteiras que eles fizeram causaram prejuízos e perda de arquivos e backup, eles tentaram jogar a culpa na Microsoft, no Windows 10 e até no usuário do computador, quando o motivo REAL foi a INCOMPETÊNCIA e o DESPREPARO deles. Eles esquecem que basta UM computador ser infectado numa rede para os demais computadores também serem infectados.
Infelizmente esses técnicos são formados na “Faculdade YouTube de Gambiarras de TI” aonde aprenderam todo tipo de aberração nas aulas online: ativar cache L2/L3, alterar chaves o Registro pro Windows usar 100% da banda, desabilitar pagefile, desabilitar Windows Update, não usar antivírus & afins – e o resultado disso é manter a TI brasileira em um nível sub-medíocre.
Eu tenho 18 anos contínuos de reconhecimento internacional do meu trabalho em Windows e Segurança Digital, então se você quer evoluir em Windows e Segurança Digital, aprenda com os meus vídeos e os meus cursos para você se tornar um profissional muito mais COMPETENTE e QUALIFICADO porque o Brasil precisa urgentemente disso.
Chega de tanta incompetência!
Bom aí vão 10 perguntas e informações importantes sobre o Windows Update:
Além de você poder utilizar a Otimização de Entrega que eu comentei antes, o Windows Update utiliza o serviço BITS (Background Intelligent Transfer Service ou Serviço de Transferência Inteligente de Tela de Fundo).
O BITS faz parte do Windows desde o XP e vem evoluindo desde então, sendo que a versão mais recente é a 10.3 que veio no Windows 10 de Maio de 2019, e ele é fundamental para definir como o Windows Update vai baixar as atualizações enquanto a rede local está sendo utilizada para outras tarefas.
O BITS aproveita a banda que não está sendo utilizada para transferir arquivos, porque dessa maneira essa transferência não atrapalha os demais programas que estão usando a internet.
Antes do Windows Update baixar qualquer arquivo, o BITS monitora a placa de rede do computador do usuário para saber qual é a banda REAL que está em uso – tanto via download quanto via upload.
O BITS analisa a banda REAL do roteador (porque existe uma imensa diferença entre a banda máxima que o roteador suporta e a banda máxima em uso) e com isso ele sabe exatamente quanta banda ele pode disponibilizar para o Windows Update sem que isso atrapalhe as demais tarefas.
Isso é possível porque o BITS utiliza o protocolo IGDP (Internet Gateway Device Protocol) que permite conhecer o IP externo do roteador, mapear as portas internas e externas, etc, e com isso o BITS tem uma visão geral de tudo que está utilizando a internet, definindo qual é a melhor estratégia de transferência de arquivos para não atrapalhar tudo que está sendo executado.
Exemplo simples: um gamer tem uma conexão de internet de 20MB e enquanto ele joga o BITS verificou através da placa de rede que o jogo utiliza no máximo 40% dessa banda para download de dados.
Como uma conexão de 20MB significa que um download de 2,5 MB/s e o jogo utiliza até 40% disso, isso indica que o jogo transfere no máximo 1 MB/s de arquivos da internet.
Com isso, se o Windows Update começar a baixar alguns arquivos, o BITS vai limitar o download desses arquivos a 1,5Mb/s para não atrapalhar o jogo.
Se no meio desse download o jogo exigir mais banda, o BITS automaticamente diminui a velocidade de download do Windows Update para não atrapalhar o jogo, e se alguma outra aplicação começar a fazer download (como Bittorrent, Netflix, etc.), o BITS automaticamente diminui a velocidade de download dos arquivos do Windows Update baseado no uso da banda desses outros programas.
Se em algum momento não houver banda disponível para o BITS, ele simplesmente suspende o download até que haja banda disponível.
Então quando o jogador reclama que o Windows Update tá atrapalhando ele, na realidade a banda do jogo continua A MESMA e o Windows Update não está atrapalhando em nada.
A eventual diminuição de desempenho de um jogo ou aplicação que esteja usando a internet pode ser causada por muitos outros fatores: disco rígido muito fragmentado, um disco rígido muito lento (principalmente os de 5400rpm), o próprio driver da placa de rede utiliza muita CPU quando a rede é utilizada (influenciando diretamente o jogo porque além do uso da GPU, o uso da CPU também é intenso), o próprio antivírus analisando tudo que está sendo baixado, etc.
O mais curioso é que não é somente o Windows Update que utiliza BITS do Windows: várias aplicações do mercado suportam o BITS (incluindo navegadores, jogos online, clientes de rede P2P, programas de streaming, programas de áudio e vídeo, etc), além de todas aplicações da Microsoft Store.