Ativadores do Windows A FUNDO
Há muitos anos a pirataria do Windows no Brasil tornou-se algo comum no dia-a-dia, aonde lamentavelmente sites e youtubers incentivam livremente a ativação ilegal do Windows e de outros programas através de cracks e ativadores sem NENHUMA preocupação com o resultado prático disso.
Para piorar, dezenas de lojas virtuais (muitas conhecidas) vendem Windows piratas como se fossem originais, causando sérios prejuízos para quem compra. Leia mais aqui
Embora a pirataria seja criminosa por violar as leis de direitos autorais, esse meu vídeo não aborda as questões legais dela nem o péssimo resultado disso na sociedade: o meu foco nesse vídeo é fazer uma análise puramente técnica desses cracks e ativadores comprovando os graves problemas de instabilidade e segurança que eles causam no Windows.
E pra você compreender isso, inicialmente eu preciso explicar como a Microsoft desenvolve e testa o Windows e as atualizações dele, e também como eles essas atualizações são instaladas.
Atualização via Windows Update
E quando o Windows precisa ser atualizado e corrigido, isso é feito via Windows Update – e ao contrário do que muitos pensam, quando uma atualização é baixada e instalada (via Windows Update ou manualmente através do site catalog.update.microsoft.com), ela não faz isso baixando a versão nova de um arquivo que é copiada sobre a versão atual do arquivo que precisa ser substituído.
alterações de outros arquivos do Windows que estão relacionados aos arquivos bugados que vão ser substituídos
criação de novos arquivos em várias pastas diferentes
alterações no Registro do Windows (incluindo a criação de novas chaves e variáveis),
criação de log detalhado de todas alterações que foram realizadas (necessário se o usuário decidir desinstalar essa atualização),
status sobre o sucesso ou falha dessa atualização (informações essas que constam no Visualizador de Eventos) e , claro,
substituição dos arquivos bugados por arquivos novos
Mas o mais importante é que na maioria das vezes não existe nenhum “arquivo novo” dentro dessa atualização: o que existe ali é que uma das tarefas executadas pelo script é, de maneira bastante simplificada, remover o código interno que causava problemas no arquivo antigo, substituindo esse código antigo pelo código novo e corrigido, “transformando” o arquivo antigo em um arquivo novo.
O resultado isso é que o “arquivo antigo” foi internamente alterado, mantendo o mesmo nome, mas com seu código interno, seu tamanho, data e versão diferentes da versão anterior. Esse tipo de atualização chama-se “Delta ou Diff” porque ela transforma um arquivo antigo em um arquivo novo aplicando nele somente a DIFERENÇA do código interno deles.
Essa técnica é muito utilizada porque dessa maneira o tamanho das atualizações é muito menor do que seria se ali houvessem todos os arquivos que devem ser substituídos.
Exemplo simples: se um arquivo de 500 MB tem um bug que pode ser corrigido alterando apenas 10 MB desse arquivo, a atualização Delta permite que o arquivo de correção altere apenas esses 10 MB ao invés de baixar um novo arquivo corrigido de 500MB.
Eu detalho isso e muito mais em um dos meus próximos vídeos cujo tema é “Windows Update A FUNDO” aonde eu comento sobre atualizações, erros, correções, segurança, NTFS transacional, IGDP, serviço BITS, porquê manter o Windows Update desativado é uma mistura de burrice com delinquência, etc.
Então agora você sabe que o teste e uso do Windows envolve APENAS versões originais que tenham os arquivos legítimos do sistema operacional e também o Registro sem modificações externas, e que também que as atualizações do Windows alteram trechos desses arquivos originais e do Registro para que elas sejam instaladas corretamente.
Além disso, como esses Windows originais têm arquivos legítimos e as chaves e variáveis do Registro também estão ali, as atualizações do Windows são instaladas corretamente, resultando em um Windows mais estável, rápido e seguro.